sábado, 11 de fevereiro de 2012

Rafael Cordeiro comenta de TUF, Werdum e diz que não treinaria Shogun

Rafael Cordeiro é um dos principais treinadores de MMA de todo o mundo, e lidera a Kings MMA, um dos maiores centros de treinamentos do planeta. O mestre de Muay Thai está no Brasil para integrar a equipe de Wanderlei Silva no reality show The Ultimate Fighter. Além de Wand, a fera também treina Fabrício Werdum, que no último sábado derrotou Roy Nelson abusando do clinch de Muay Thai usado pelos atletas que passaram pelas mãos de Cordeiro. Em entrevista ao PVT, o treinador contou o pouco que pode revelar sobre TUF, Fabrício Werdum, Jon Jones e se voltaria a treinar com o ex-parceiro Maurício Shogun.
"Todo mundo sabe o potencial que o Shogun tem, mas voltamos a fazer esse trabalho logo depois de 4 ou 5 anos para a luta contra o Forrest Griffin, mas acredito que esse tempo em que ficamos separados, vimos que as coisas mudaram bastante e acho que a vida deu uns caminhos para os dois e infelizmente estes caminhos hoje não se batem muito no sentido profissional. Eu tenho uma forma de ver os treinamentos e eu sentia que ele tem a forma dele. E dentro desse s sentidos de formas e treinamentos a gente a gente viu que não bateu o que eu penso e o que ele pensa".

Confira abaixo a entrevista na íntegra que o PVT fez com Rafael Cordeiro.

PVT: Você viu de perto o crescimento do MMA. Qual a importância do TUF no Brasil?

Rafael Cordeiro: Esse princípio, esse começo que nós tivemos. Foi muito importante para nos fortalecer como pessoa, como experiência. Foi muito importante essa base para todos nós. Fico muito feliz de participar desse reality show, de passar as nossas culturas dentro e fora do ringue. E está sendo uma experiência maravilhosa trabalhar junto com grandes treinadores. A gente conseguiu chegar a um patamar que quem participar dessa casa vai ter uma visibilidade não só entro do ringue, mas também fora. Acho que será uma pós-graduação para os atletas que participarem.

PVT: O que você pode falar do reality show? Quanto tempo vai durar a gravação?

RC: A gente assinou um contrato de confidencialidade. A gente não pode falar nada sobre o evento, só que estamos participando e que estamos indo para São Paulo gravar. Acho que vão dUrar 45 dias e esse show vai quebrar todos os recordes e o Dana White está feliz com o que ele viu. Com certeza vai ser o TUF mais violento de todos, e eu fico feliz do Dana White ter visto a vontade da galera.

PVT: O que você achou da luta do Werdum contra o Roy Nelson?

RC: O Werdum por ser um pouco mais alto ele explorou a envergadura dele. Nós percebemos que o Roy Nelson, toda vez que ele socava ele abaixava a cabeça. No Muay Thai, quando um atleta abaixa muito a cabeça tem que usar isso contra ele, e foi usado para aplicar boas técnicas de clinch. Graças a Deus ele está buscando melhorar a cada dia e está conseguindo. Essa conquista é do grupo.

PVT: O que espera da revanche entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva?

RC: Os dois estão com mais experiências, ambos ganharam seus espaços, não só na mídia, mas dentro do evento também. São atletas que hoje são ícones do esporte. Acho que vai ser uma luta sensacional, uma luta com o Wanderlei totalmente motivado. É um luta que ele deseja há 14 anos, então é o grande momento para ele tentar reverter aquele resultado e com certeza ele vai reverter.

PVT: Maurício Shogun revelou nesta terça-feira que rompeu com Eduardo Alonso. Existe alguma possibilidade de você voltar a treiná-lo?

RC: Todo mundo sabe o potencial que o Shogun tem, mas voltamos a fazer esse trabalho logo depois de 4 ou 5 anos para a luta contra o Forrest Griffin, mas acredito que esse tempo em que ficamos separados, vimos que as coisas mudaram bastante e acho que a vida deu um caminhos para os dois e infelizmente estes caminhos hoje não se batem muito no sentido profissional. Eu tenho uma forma de ver os treinamentos e eu sentia que ele tem a forma dele. E dentro desse s sentidos de formas e treinamentos a gente a gente viu que não bateu o que eu penso e o que ele pensa. Ele é um grande atleta e com certeza, bem treinado, com as pessoas que compreendam a forma que ele gosta de treinar, que entendam sua metodologia de treino. Respeito isso, eu tenho a minha metodologia, ele tem a dele, mas infelizmente estes métodos são diferentes, mas eu desejo todo o melhor pra ele. Mas como eu disse logo depois da luta do Wanderlei, quando me perguntaram se eu voltaria a treinar o Shogun, eu respondi que ele tinha o método dele e que infelizmente não conseguimos voltar àquela afinidade que tínhamos no passado, em relação a treinamentos. As pessoas acham que a gente fala para condenar, para jogar pedra, mas não. Eu falei no sentido que era meu faixa preta, por acreditar naquele potencial. Foi mais um 'você pode chegar longe se você quiser'. Acho que se ele quiser, ele pode chegar longe. Espero que um dia ele retome o cinturão.

PVT: O que espera da luta entre Cigano e Overeem pelo cinturão dos pesados?

RC: Acho que o Cigano vai nocautear o Overeem. É um atleta duro e ninguém tira da minha cabeça que se pressionar o Overeem ele não aguenta a pressão. Cigano ganha e ganha por nocaute.

PVT: O que acha que a categoria guarda para o Werdum?

RC: Acho que é uma categoria que pode trocar a qualquer momento de campeões e nós temos que estar preparados para isso. O Werdum está se preparando há 3 anos para se tornar o campeão. Se depender da gente vai se preparar mais ainda. Se for contra o Werdum vai ser melhor ainda por ser uma revanche, claro, sempre respeitando muito o nosso campeão, que é o Cigano, mas sabendo também que se o Werdum chegar a uma disputa de título ele vai chegar 100%.

PVT: Se você pudesse preparar um lutador hoje para encarar o Jon Jones, quem você acha que tem a chance de derrotá-lo?

Rafael Cordeiro: O que mais mostrou que tem capacidade de vencer o Jon Jones é o Lyoto Machida. Todos tiveram suas chances, mas acho que a forma mais adequada de lutar com o Jon Jones foi a do Lyoto. Eu vejo que é uma categoria com várias feras, como Shogun, Alexander Gustafsson, mas nesse momento, se tivesse que escolher alguém, pelo ritmo que ele imprimiu, para mim é o cara para bater o Jon Jones.

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