sexta-feira, 31 de julho de 2009

Fedor recusa suposto contrato de US$ 30 milhões. M1 diz que valor seria mais baixo

Os fãs e críticos ainda estão incrédulos com a notícia de que o russo Emilianenko Fedor, nome mais temido do MMA (Vale Tudo) mundial, recusou a oferta mais generosa da história desse esporte.

Com a falência do Affliction, evento onde Fedor lutaria no próximo final de semana, as grandes organizações de MMA saíram à sua caça.

Segundo relato de alguns jornalistas norte-americanos, o UFC estaria disposto a pagar US$ 30 milhões por um contrato de seis lutas com Fedor (somado salário e lucros com a venda do evento).

Fedor poderia usar logomarcas da empresa russa M1 Global, rival do UFC. Estaria livre para competir em combates de sambo (arte marcial da Rússia). Sua primeira luta já seria pelo título dos pesados contra Brock Lesnar. E parte do lucro gerado pelas vendas do evento via pay-per-view (calcula-se que o combate pelo cinturão venderia o maior número de ppvs da história) iria para o M1, informou a imprensa dos EUA.

Entretanto, Fedor e seu empresário Vadim Finkelchtein querem atrelar sua ida ao evento americano a uma parceria (co-promoção) entre M1 e UFC. Além de trabalhar com Fedor, Vadim é proprietário do M1:

“Se essa oferta tivesse sido feita dois anos atrás, talvez a gente tivesse aceitado. Mas não na situação em que estamos hoje”, disse Vadim, sem detalhar qual seria a oferta do UFC. “Eu promovo lutas de MMA desde 1997. Gastei muita energia e tempo nisso. Hoje, nós temos dinheiro e força para desenvolver esse esporte. O UFC não poderá controlar o MMA no mundo todo, vamos trabalhar juntos”, completou.

Irritado com as condições impostas por Vadim, o irmão de Fedor, o também lutador Aleksander Emilanenko, disse há alguns dias que o UFC “tinha contratos flexíveis” e acusou Vadim de usar seu irmão para se promover.

Fedor respondeu, ontem, às acusações de Aleksander:

“A oferta que o UFC fez não interessa para gente. Eu realmente acredito no Vadim e na nossa equipe M-1 Global.”(…) Ele (o Aleksander) não leu o contrato, eu li” - finalizou Fedor.

Além de dispensar a proposta dos americanos, Vadim aproveitou uma conferência de imprensa ocorrida ontem para anunciar a participação de Fedor no jogo de videogame da empresa EA Sports – rival do UFC no mundo dos games. O presidente do UFC disse semanas atrás que atletas que estiverem no jogo do EA jamais serão contratados pelo seu evento.

O StrikeForce, segundo maior evento dos EUA, também está na cola de Fedor. Scott Coker, promotor do StirkeForce, conversou com um dos agentes de Fedor e lançou sua propostas, mas ainda não teve uma resposta.

Segundo Scott, agentes de Fedor se reunirão esta semana com promotores de boxe. Só depois disso, o russo deverá fechar com algum evento:

“Eles (os agentes do Fedor) estão conversando com todo mundo e se decidirão em breve. Eles devem tomar uma decisão dentro de poucas semanas”, disse Scott, segundo o site MMA Weekly.

Apesar de ter dado um tremendo fora no UFC, Vadim deixou no ar a possibilidade de assinar com o evento no futuro:

“O UFC dessa vez fez uma proposta diferente, uma proposta muito boa. Não foi o suficiente para o acerto e continuamos num impasse. Talvez não acertemos agora, mas talvez mais tarde”, profetizou o empresário.

A conferir!

Atualização das 03h (madrugada) - Joost Raimond, CEO do M-1 Global, negou que a proposta do UFC atingisse os US$ 30 milhões divulgados pela mídia americana. Segundo ele, o valor não chegaria nem à metade disso.

Joost também jurou de pés juntos que não foi discutido o número de lutas que estariam no contrato. E ainda desdenhou da oferta do UFC de permitir que Fedor use logomarcas do M1, como se isso fosse obrigação do evento americano.

Ele afirmou que a única forma de compensação para o M1 nessa negociação seria ganhar uma porcentagem no lucro das vendas (PPV) do evento em que Fedor lutar.

Por fim, disse que Fedor é co-proprietário do M1, portanto, não tem como separá-lo do evento.

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