sábado, 1 de agosto de 2009

Entrevista com Alessio Sakara

Se Thales Leites promete ação contra Alessio Sakara, o italiano não espera nada diferente do combate, programado para o UFC 101, no dia 8 de agosto. Em entrevista à TATAME, Sakara falou sobre a expectativa para o desafio, indo em busca da sua quinta vitória no UFC. “Estou treinando mais que do que nunca, porque ele é um top cinco da categoria e preciso mostrar o máximo de mim”, disse o lutador, que morou no Brasil durante cinco anos e já treinou na academia de Thales, a Nova União. No bate-papo, que você confere abaixo, Sakara relembrou quando chegou ao Brasil, a luta entre Thales e Anderson e muito mais.

Como estão os treinos para enfrentar o Thales Leites no UFC 101?

Estou treinando mais que do que nunca, porque ele é um top cinco da categoria e preciso mostrar o máximo de mim.

Você ia enfrentar o Rousimar Toquinho, mas ele se machucou. O que você achou da mudança e qual a maior diferença entre os atletas?

Quando um lutador se machuca é um grande problema. Espero que ele volte o mais cedo possível, desejo tudo de bom na recuperação do Toquinho. A mudança de lutador é mais ou menos a mesma, os dois são muito bons no chão. Eles têm um estilo diferente, mas a estratégia vai ser a mesma que era para o Toquinho.

Você já veio ao Brasil e treinou na Nova União, academia do Thales. O que você se lembra dos treinos daqui?

Primeiro, quero falar que eu não queria lutar com ele por respeito à Nova União, que sempre abriu as portas para mim, e agradeço aos mestres que sempre me respeitaram e me deixaram treinar com eles, mas o UFC é trabalho e são eles que nos escolhem, somente temos que lutar. O treino da Nova União todo mundo sabe que é bom demais. Acho que vamos dar um bom show para os fãs.

Onde mais você treinou aqui?

Treinei muito com o Paulo Caruso, Luiz Alves, os irmãos Nogueira, Pedro Rizzo e o meu mestre de Jiu-Jitsu no Rio, Ricardo De La Riva.

O que você mais gostou do Brasil?

Tudo! As pessoas, o povo, os treinamentos. Se hoje estou no UFC é por causa dos brasileiros. Vou agradecer sempre, pelo resto da minha vida, ao povo, os treinadores e à mentalidade brasileira dos lutadores.

Você já lutou em eventos brasileiros. Como surgiu a oportunidade?

Vendi minha moto na Itália e comprei a passagem de avião para morar no Brasil. A sorte é que foi no ano em que cheguei que o Wallid estava abrindo um novo time, o Brazil Dojo, e por isso que comecei a lutar no Brasil.

Como você aprendeu a falar português?

Aprendi vivendo cinco anos no Rio.

O Thales vem de uma disputa de cinturão. Como você acha que uma vitória sobre ele seria bom para a sua carreira?

Sei que essa luta pode mudar a minha vida, mas não quero pensar muito nisso. Às vezes nós, lutadores, sofremos muita pressão e não conseguimos lutar bem. Sábado, dia 8, vou fazer o meu trabalho sem pensar no futuro, mas somente no presente.

Você assistiu a luta entre o Thales e o Anderson? O que você achou?

Sim, assisti. O Thales tem o jogo oposto do Anderson. Às vezes, quando tem dois campeões de estilos diferentes, eles acabam se respeitando muito para não perder a luta. E muitas vezes os fãs não entendem isso. Dois campeões de estilos diferentes podem fazer uma luta boa, mas também tem a possibilidade da luta ficar lenta.

Se quiser mandar algum recado, fique à vontade.

Obrigado, obrigado e outra vez obrigado a todos os brasileiros que sempre me respeitaram. Espero que, no dia 8, a gente dê um grande show para todo mundo. Agradeço de coração ao meu mestre Cona Silveira, Ricardo Libório, meu amigo de treino Wilson (Gouveia), Jorge Santiago, Thiago Silva e todos da American Top Team, pela força que estão me dando.

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