quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entrevista com Ronaldo Jacaré


Um dos maiores nomes do Jiu-Jitsu mundial, Ronaldo “Jacaré” está batalhando, agora, para escrever seu nome na história do MMA. Caino na grande final do GP até 84kg do Dream, o lutador não vê a hora de voltar aos ringues nipônicos. Em entrevista à TATAME, Jacaré falou sobre a volta aos treinos no Brasil, suas apostas para a luta de Anderson Silva contra Thales Leites, a adaptação do seu jogo para o MMA e se pretende disputar o Mundial e ADCC este ano. Confira abaixo a entrevista exclusiva com o lutador.

Porque você decidiu voltar a treinar no Brasil?...

Aqui estou mais próximo da família. Estados Unidos tem a cultura diferente, o estilo dos caras não é um estilo muito parecido com o meu. O lugar que eu me senti bem mesmo morando e treinando nos EUA foi em San Diego, que encontrei a brasileirada, o Saulo, o Xande, e treinei bem.

E os treinos na Xtreme Couture?

É que lá eu ficava meio ilhada, treinava e depois do treino não tinha mais nada. Era de casa pro treino, e do treino para casa. Não me adaptei muito ao estilo de vida dos caras lá, mas o treinamento era de alto nível.

Como você chegou aqui na X-Gym?

Vim através do Galvão, sou muito amigo dele. Ele é um parceirão que eu tenho, sempre trocamos informações, falamos o que podemos fazer para melhorar. A gente é tem uma amizade a tanto tempo que, para o André treinar com o Tererê fui eu que fiz a ponte, e aí que realmente ele começou a ganhar mais títulos do que ele já ganhava. Aí ele falou que eu ia gostar de treinar aqui com o Distak e o Camões. Cheguei aqui e perguntei se poderia treinar, joguei logo a real falando que não sei se ficaria muito tempo, mas gostei daqui e estou me sentindo bem, já estou aqui há dois meses, fui bem recebido. Todo mundo aqui se ajuda, ta muito maneiro, muito show.

Quando você volta ao Dream?

A minha previsão pra voltar é em abril, ainda não tenho adversário definido. Creio que não seja uma disputa de cinturão ainda. Estou feliz no Japão, agora é só eles me darem a oportunidade, me apresentarem as lutas que eu vou lá e faço meu trabalho. É só isso que eu quero, lutar e lutar.

Qual a sua expectativa para a luta do Anderson contra o Thales?

Espero que o Anderson faça o trabalho dele como sempre fez, espero poder ajudá-lo para que ele chegue 1000% na luta, e que ele traga mais essa vitória para a gente.

Você pensa em disputar o Mundial de Jiu-Jitsu ou o ADCC?

Meu plano é ficar direto no Rio. Não estou mais interessado em fazer cinco lutas em um dia só, ficar esperando o dia todo para lutar. No Submission lutei pouco, mas já luto desde 1999, já estou com 29 anos, ano que vem quero casar e ter filhos, então eu acho que a melhor maneira de eu ser feliz, lutando, ganhando meu salário bem e sustentando a minha família é fazendo o que eu faço. O cara pode perguntar pra qualquer um aí que me ver treinar, eu amo treinar e lutar MMA. É uma coisa que me adaptei e que está em primeiro plano agora para mim, tanto no coração quanto no profissional.

Como está sendo a adaptação do seu jogo de Jiu-Jitsu para o MMA?

Lutar em pé é bom porque você sabe a hora de entrar, você não entra na hora errada, espera a hora certa de entrar. A parte em pé é tanto a parte de você se proteger quanto atacar, quanto saber o horário de entrar e não fazer força a toa. Essa que é a parte maneira de você saber trocar. Então eu estou treinando trocação como se fosse para trocar, para virar um trocador, mas eu não esqueço que sou um lutador de chão, de Jiu-Jitsu, vivi a minha vida toda fazendo isso, mas o nome já diz “mistura das artes”, por isso que estou treinando, me empenhando em trocar, me empenhando nas quedas e me empenhando no Jiu-Jitsu.

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