quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Entrevista com Thales Leites

Por Eduardo Ferreira

Sob o comando da equipe Snake’s, Thales Leites anotou 3x2 no placar e bateu Gustavo Ximú no Fatality Arena. Após o show, o faixa-preta da Nova União conversou com a TATAME sobre o confronto, a rivalidade no MMA e revelou que disputará o cinturão do MFC no dia 9 de abril, ainda sem adversário definido. Confira abaixo o papo, em que Thales ainda comenta a luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort.

A batalha contra o Ximú só foi decidida no final, hein?

Verdade, cara. Emoção não faltou. Eu sabia que todos da minha equipe tinham condições de ganhar. Dei duro desde o início e as lutas foram muito bem casadas. Lógico que a gente queria 5 a 0, mas você sabe que é difícil, os caras são duros. Nem vidente poderia dizer que ia ser assim. Terminou da melhor maneira possível, minha equipe está de parabéns. Eu sou um pedacinho aqui, estou só fazendo a minha função de líder de equipe, têm todos os treinadores por trás, os caras treinam há anos. Não se faz um atleta em um, dois meses, e eu escalei uma equipe que eu sei que os caras são cascas grossas e vão lutar até o final. Eu queria agradecer a todo mundo.

Como surgiu a ideia de fazer esse confronto?

Em meados de outubro o Diogo me ligou e disse que queria fazer um evento da minha equipe contra a do Ximú, que queria começar devagar para ver como seria a aceitação. Ele começou a correr atrás, fez na raça. A gente sabe que pessoas que fazem eventos de MMA no Brasil fazem por amor. Para poder pagar uma bolsa decente, alugar um ringue, um ginásio, pagar transporte, alimentação, enfim...

Já estão pensando em fazer outra edição?

Cara, isso o Diogo que sabe. Ouvi falar que esse ano ainda, do meio para o final. Tomara que aconteça, isso só engrandece o esporte. As pessoas tem que entender o MMA como um esporte individual qualquer, como tênis... Você não vê o Nadal e o Federer se estapeando e as famílias se xingando depois. Tem contato? Tem. Mas a gente treina isso o tempo todo, a gente sabe se proteger.

O fato de você já ter vencido o Ximú em cima do ringue e agora vencer assim... Tem diferença?

A vitória sempre é boa. O Ximú é um excelente atleta e uma excelente pessoa, não existe quem é melhor e quem é o pior. Acontece o que foi naquela noite, luta é isso, eu não deixo de ser mais casca grossa, nem ele. Na equipe era um negócio esportivo maneiro, respeito o cara de coração, conheço gente da família dele que eu me amarro, o primo dele é meu amigão.

Falando nesse sentido, vamos pegar a sua categoria no UFC, que vai ter Anderson e Vitor...

Eu já falei para os outros, cara, essa é uma luta dura de opinar porque os dois são tops da categoria. Realmente, o Anderson está no auge da vida dele, o cara é um cometa, um meteoro, mas luta é luta. Até começar, 50% para cada lado, e não tem como menosprezar o Vitor, ele é um cara duro, já nocauteou muita gente. Uma certeza a gente tem, vai ser um lutão, porque nenhum dos dois corre da luta. Técnica não precisa nem falar, velocidade, mão pesada... Não tem torcida para nenhum dos dois, eu gosto dos dois, os caras são brasileiros, atletas, correm atrás, então que vença o melhor.

Você volta a lutar quando?

É, 2009 não foi um ano bom para mim, mas encerrei bem. Vou lutar dia 9 de abril no MFC, no Canadá, e com certeza vai ser pelo cinturão, mas ainda não sei quem vai ser meu adversário. Tenho na cabeça três possíveis candidatos. Já estou mantendo um ritmo de treino e vou começar a intensificar agora. Quero botar umas dez vitórias aí.

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