MAURÍCIO SHOGUN RESSURGE |
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Com um belo nocaute , Maurício Shogun venceu a lenda do UFC Chuck Liddell... |
...e mostrou que está perto de sua melhor forma, como da época do título do Pride |
Em sua segunda vez no UFC, Shogun bateu o veterano Coleman em luta discutível |
Já em sua estreia na UFC, acabou sendo derrotado pelo ex-campeão Forrest Griffin |
No extinto Pride, Shogun virou celebridade no Japão, apontado como um do melhores |
Em pouco mais de quatro meses, o lutador curitibano Mauricio Rua, o Shogun, conseguiu deixar para trás a desconfiança do mundo do vale-tudo para voltar a ser destaque e reconquistar o reconhecimento da categoria. Campeão do extinto Pride, um dos maiores torneio de MMA já feitos no Japão, ele carregou o peso de ser apontado como um dos maiores da modalidade. Mas com o fim da competição e sua ida para o UFC, muitas dúvidas pairaram sobre ele. Até a edição de número 97 do torneio.
Após estrear no maior show da categoria com uma derrota para ex-campeão dos meio-pesados Forrest Griffin, ficou quase um ano e meio longe dos ringues por conta de seguidas lesões. Em sua volta, no início desse ano, venceu o veterano Mark Coleman em um combate de qualidade técnica questionável. "Com certeza esse tempo parado atrapalhou muito. Como estava só treinando, senti a falta de ritmo", explicou.
Mas a redenção veio no dia 18 de abril deste ano, quando - mostrando estar próximo de melhor forma - nocauteou a lenda do UFC Chuck Liddell de forma incontestável, além de ser a primeira vez que o ex-campeão perdia para o lutador do Brasil. "Fiquei ainda mais feliz com essa vitória porque diziam que um brasileiro nunca ia conseguir vencê-lo. Com certeza levantei a bandeira do meu país", afirmou o lutador de 28 anos.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Shogun falou sobre a sensação de ser reconhecido também no UFC e nos Estados Unidos, assim como já havia acontecido no Japão, e revelou que teve problemas de adaptação após sua troca de torneios. "Estava muito acostumado com o ringue do Pride, menor que o do UFC. Então ficava sem noção de distância e espaço."
Confira abaixo a entrevista completa
UOL Esporte - Como você avaliou seu desempenho nessa última luta?
Maurício Shogun - Com certeza agora estou 100%. Estou muito feliz nesse momento e é só esperar mais uma ou duas semanas para voltar aos treinos. Fiquei ainda mais feliz com essa vitória porque diziam que um brasileiro nunca ia conseguir vencê-lo. Com certeza levantei a bandeira do meu país. É uma felicidade muito grande quando se vence uma lenda como o Chuck.
UOL Esporte - Mas como você superou sua queda de produção durante a transição do Pride para o UFC?
Maurício Shogun - Na verdade, estava sem lutar há um e meio antes de enfrentar o Coleman. Com certeza isso atrapalhou muito. Como fiquei só treinando todo esse tempo, estava sem ritmo. Além disso, estava muito acostumado com o ringue do Pride [quadrilátero, como o do boxe], que é muito menor que o octógono do UFC, então ficava sem noção de distância e espaço. Contra o Chuck já estava completamente adaptado.
Após estrear no maior show da categoria com uma derrota para ex-campeão dos meio-pesados Forrest Griffin, ficou quase um ano e meio longe dos ringues por conta de seguidas lesões. Em sua volta, no início desse ano, venceu o veterano Mark Coleman em um combate de qualidade técnica questionável. "Com certeza esse tempo parado atrapalhou muito. Como estava só treinando, senti a falta de ritmo", explicou.
Mas a redenção veio no dia 18 de abril deste ano, quando - mostrando estar próximo de melhor forma - nocauteou a lenda do UFC Chuck Liddell de forma incontestável, além de ser a primeira vez que o ex-campeão perdia para o lutador do Brasil. "Fiquei ainda mais feliz com essa vitória porque diziam que um brasileiro nunca ia conseguir vencê-lo. Com certeza levantei a bandeira do meu país", afirmou o lutador de 28 anos.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Shogun falou sobre a sensação de ser reconhecido também no UFC e nos Estados Unidos, assim como já havia acontecido no Japão, e revelou que teve problemas de adaptação após sua troca de torneios. "Estava muito acostumado com o ringue do Pride, menor que o do UFC. Então ficava sem noção de distância e espaço."
Confira abaixo a entrevista completa
UOL Esporte - Como você avaliou seu desempenho nessa última luta?
Maurício Shogun - Com certeza agora estou 100%. Estou muito feliz nesse momento e é só esperar mais uma ou duas semanas para voltar aos treinos. Fiquei ainda mais feliz com essa vitória porque diziam que um brasileiro nunca ia conseguir vencê-lo. Com certeza levantei a bandeira do meu país. É uma felicidade muito grande quando se vence uma lenda como o Chuck.
UOL Esporte - Mas como você superou sua queda de produção durante a transição do Pride para o UFC?
Maurício Shogun - Na verdade, estava sem lutar há um e meio antes de enfrentar o Coleman. Com certeza isso atrapalhou muito. Como fiquei só treinando todo esse tempo, estava sem ritmo. Além disso, estava muito acostumado com o ringue do Pride [quadrilátero, como o do boxe], que é muito menor que o octógono do UFC, então ficava sem noção de distância e espaço. Contra o Chuck já estava completamente adaptado.
RECUPERAÇÃO DE UM CAMPEÃO |
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Shogun revelou que teve problemas para se adaptar ao tamanho do octagon do UFC |
Ao lado do seu irmão, o também lutador Murilo Ninja, mudou seus treinos para SP |
No Japão, onde foi campeão do Pride, o brasileiro disse que não podia andar na rua |
UOL Esporte - Como é a diferença da sua popularidade no Japão e nos Estados Unidos? Você já tem no UFC o mesmo reconhecimento do Pride?
Maurício Shogun - Os dois países são muito fanáticos por lutas. Já tinha bastante reconhecimento nos Estados Unidos, as pessoas sabiam da minha carreira, mas agora, depois dessa vitória, ficou ainda maior. No dia seguinte, no Canadá, já dava para notar a diferença, de um dia para o outro. No Japão, eu não conseguia andar na rua, mas acho que nos Estados Unidos meu reconhecimento está tão grande quanto dessa época.
UOL Esporte - Qual foi a importância de mudar seu treinamento de Curitiba para São Paulo?
Maurício Shogun - Eu fui para São Paulo para focar 100% no objetivo, que era a vitória. Em Curitiba, com a minha família, com os amigos, sempre se arruma alguma coisa para fazer. Estava com o meu irmão [o também lutador de MMA Murilo Ninja] em São Paulo e só comia, treinava e descansava. Agora vou começar os treinos em Curitiba, e quando faltar umas oito semanas para minha próxima luta, eu vou para São Paulo de novo.
UOL Esporte - E quais são suas próximas pretensões no UFC? Após quantas lutas gostaria de disputar o título dos meio-pesados?
Maurício Shogun - Agora eu só penso na próxima luta. Seria até pecado falar em título nesse momento. Preciso me concentrar em uma coisa de cada vez. Lógico que o cinturão é meu grande sonho. Quem sabe depois de minha próxima luta? Como tive dua lutas em um pequeno espaço de tempo, agora quero ficar uns três ou quatro meses sem lutar. Quero descansar.
UOL Esporte - E qual é a sua expectativa em relação à disputa do cinturão dos meio-pesados entre Rashad Evans e o brasileiro Lyoto Machida?
Maurício Shogun - Lyoto é muito meu amigo, já treinamos junto, e ele mostra bem como os brasileiros evoluíram. Temos de nos unir para mostrarmos que somos os melhores. O Thiago [Pitbull] também pode vencer o [canadense Georges] St-Pierre [na disputa do cinturão dos meio-médios no UFC 100]. O Brasil tem toda a condição de ficar com três títulos. [Anderson Silva já tem o título dos médios.]
Maurício Shogun - Os dois países são muito fanáticos por lutas. Já tinha bastante reconhecimento nos Estados Unidos, as pessoas sabiam da minha carreira, mas agora, depois dessa vitória, ficou ainda maior. No dia seguinte, no Canadá, já dava para notar a diferença, de um dia para o outro. No Japão, eu não conseguia andar na rua, mas acho que nos Estados Unidos meu reconhecimento está tão grande quanto dessa época.
UOL Esporte - Qual foi a importância de mudar seu treinamento de Curitiba para São Paulo?
Maurício Shogun - Eu fui para São Paulo para focar 100% no objetivo, que era a vitória. Em Curitiba, com a minha família, com os amigos, sempre se arruma alguma coisa para fazer. Estava com o meu irmão [o também lutador de MMA Murilo Ninja] em São Paulo e só comia, treinava e descansava. Agora vou começar os treinos em Curitiba, e quando faltar umas oito semanas para minha próxima luta, eu vou para São Paulo de novo.
UOL Esporte - E quais são suas próximas pretensões no UFC? Após quantas lutas gostaria de disputar o título dos meio-pesados?
Maurício Shogun - Agora eu só penso na próxima luta. Seria até pecado falar em título nesse momento. Preciso me concentrar em uma coisa de cada vez. Lógico que o cinturão é meu grande sonho. Quem sabe depois de minha próxima luta? Como tive dua lutas em um pequeno espaço de tempo, agora quero ficar uns três ou quatro meses sem lutar. Quero descansar.
UOL Esporte - E qual é a sua expectativa em relação à disputa do cinturão dos meio-pesados entre Rashad Evans e o brasileiro Lyoto Machida?
Maurício Shogun - Lyoto é muito meu amigo, já treinamos junto, e ele mostra bem como os brasileiros evoluíram. Temos de nos unir para mostrarmos que somos os melhores. O Thiago [Pitbull] também pode vencer o [canadense Georges] St-Pierre [na disputa do cinturão dos meio-médios no UFC 100]. O Brasil tem toda a condição de ficar com três títulos. [Anderson Silva já tem o título dos médios.]
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