terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Entrevista com Junior Cigano

Por Guilherme Cruz

Entrando no octagon do UFC pela quarta vez no último sábado (2), Junior “Cigano” dos Santos fez a esta com apenas 2min7s de luta. Derrubando o experiente Gilbert Yvel, o peso pesado brilhou mais uma vez, colocando seu nome entre os melhores da atualidade. Em entrevista exclusiva à TATAME, Cigano falou sobre o nocaute, os elogios feitos por Dana White e garantiu que não se considera o melhor striker da atualidade.

O que você achou da luta? Você esperava vencer tão rápido?

Graças a Deus acabou da melhor forma possível a favor da gente. Estou muito feliz com o bom resultado. Eu não esperava vencer tão rápido, a gente nunca espera. Eu treinei para lutar os três rounds com ele, mas sabia que, se a mão entrasse, ele ia sentir, por mais experiente que ele seja na trocação. Sabia que tinha condições de colocar bons golpes e que ele sentiria, porque acredito bastante nas minhas mãos, acredito que elas sejam bem pesadas.

Você acha que ele sentiu a estreia?

Não sei, ele é um cara bastante experiente, tem muitas lutas na carreira. Pode ser, um evento novo pra ele, mas eu acredito que estava bem preparado e que poderia fazer frente a ele, estando estreando no UFC ou não. Tinha condições de ter esse resultado.

O Dana White disse que estava muito empolgado para essa luta, e quando você saiu do octagon ele disse que te amava. Como você se sente com esses elogios?

Fico contente, ele ficou bastante feliz. Ele falou que estava sentindo um negócio estranho na barriga por essa minha luta. Ele estava com muita expectativa e disse que eu estava de parabéns, que tinha feito um ótimo trabalho. Vindo do patrão, uns elogios desses não tem como não ficar alegre. Estou bastante contente que o trabalho está dando certo.

Você se considera o melhor striker entre os pesos pesados da atualidade?

Eu acho que o melhor talvez não... Não sou o melhor em nada, mas treino bastante e consigo me manter num bom nível para fazer frente a grandes lutadores, como os tops do UFC.

Quem você acha que será seu próximo adversário?

É meio difícil saber quem eles vão colocar contra. Acho que eles vão esperar alguns resultados de algumas lutas, mas, para mim, é aquilo: não escolho adversário. Seja quem for, vou estar muito bem preparado para fazer uma boa luta e, se Deus quiser, dar um bom show pra todo mundo.

Você conquistou sua quarta vitória no evento, batendo mais um veterano do Pride, e está crescendo bastante na categoria. Você acha que está perto de uma disputa de cinturão?

Não sei, mas acredito que estou me colocando entre os tops. Não sei se estou perto ou longe, mas com esses bons resultados é o caminho para um dia poder chegar lá e disputar esse tão almejado cinturão do UFC.

Caso o Minotauro vença o Cain Velasquez, você pretende diminuir o ritmo de lutas, para não continuar vencendo e forçar o UFC a casar uma luta entre vocês?

Eu acho que os meus empresários já esclareceram isso para o UFC. Mesmo que tenham essa vontade, isso está esclarecido. Não é uma questão de treinar juntos, o Rodrigo é meu treinador, ele me ensinou tudo desde o início, devo minha carreira a ele. Ele me colocou lá, me fez acreditar em mim. É uma situação diferente, o cara é meu mestre, além de um grande amigo. Luta entre eu e ele não vai acontecer. Acho que não preciso diminuir o ritmo de lutas, ele está na vez de disputar o cinturão porque ele vai ter esse resultado positivo em cima do Velasquez. Ele vai disputar o cinturão e eu fico feliz de estar entre os tops, fazendo boas lutas e enfrentando grandes nomes do UFC.

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