quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Zuluzinho comemora retorno e diz que ainda luta mais cinco anos

Marcelo Alonso

Ele já enfrentou Fedor Emelianenko e Rodrigo Minotauro, e fez o corner de Ikuhisa Minowa pedir para parar a luta no K-1 Premium, em 2007. Mas, de lá para cá, a carreira de Zuluzinho desandou, com três derrotas seguidas, sendo uma delas em 22 segundos, para Geronimo Mondragon, e seu peso subiu para 198kg.

Depois de mais de um ano parado, o maranhense perdeu 23kg e voltou aos ringues em casa, no Ilha Combat 2, que aconteceu no último dia 12, derrotando Ângelo Araujo. Com seus 175kg atravessados no corpo de Araujo, forçou o oponente a desistir da luta no segundo round. Aos 31 anos, Zuluzinho espera ter novas oportunidades fora do país e se diz um novo lutador, muito mais profissional e focado na sua meta de lutar até os 36.

Confira o bate-papo feito com essa fera peso pesadíssimo em São Luís, no Maranhão.

Como foi a emoção de reencontrar a vitória?
Foi muito bom. Hoje foi um dia tenso, foi a primeira vez que a minha mãeveio me ver lutar, veio a família toda. Mas graças a Deus eu estava muitotreinado e deu tudo certo. Para mim, esta vitória teve um gosto especial.Principalmente porque tinha uma galera me acusando de estar envolvido comcoisas erradas e hoje eu pude provar que Zuluzinho é esporte, Zuluzinho éMaranhão!

O Clayton Mangueira te desafiou. Como espera que seja uma luta com ele?
O Clayton "Bandeira" me pareceu ser um cara muito gente fina, superrespeitador e será um prazer enfrentá-lo na próxima edição. Eu posso atéperder fora de casa, mas aqui dentro, com a força do meu povo ninguém mevence.

Você está treinando? Como foi esse tempo que ficou parado?
Continuo treinando, não parei ainda, e estou voltando aos ringues depois de um bom tempo parado, e quem sabe no próximo ano venham coisas melhores, está prometendo.

Você está com 31 anos. Vai lutar até quantos? Seu pai disse que vai até os 60.
Eu não vou aguentar, né? Mas enquanto eu tiver disposição pra lutar, eu tô dentro. É uma coisa que a gente gosta e tem que ver até onde dá.

A galera fala que você sempre teve muito potencial, mas diziam que você não gostava de treinar e, por isso, não explodia. Você acha que isso pode mudar agora?
Estou treinando com uma equipe que eu tinha, a Núcleo Combat. A galera está me incentivando mais ainda. Eu tinha preguiça de treinar, sim, porque sozinho batia preguiça, mas agora estou melhor, baixando de peso, fazendo regime mais adequado pra ver se consigo chegar de repente aos 36 anos.

Qual foi sua luta mais difícil?
A do Fedor, porque foi uma coisa muito rápida, tentei reagir, pegar a perna dele, mas não deu e ele foi mais esperto. Foi a mais difícil.

Você teve a oportunidade de lutar contra o número um do mundo. O que você pode dizer que ele tem de especial, visto naquele curto de espaço de tempo que vocês lutaram contra?
Como todos que estão no meio do vale tudo falam, é só um erro. Errou, caiu, já era, não pode vacilar. Ele é muito rápido, muito explosivo, de pancada forte.

Qual seu card agora?
Eu estou por volta das 60 lutas. Fiz algumas lutas em Roraima, fora as que fiz aqui perto e que a gente não conta muito como faz com as internacionais.

Como está seu pai?
Ele está com 65 anos, inteirão, torcendo muito por mim.

Como você está vivendo agora, depois de dois anos sem lutar? Está trabalhando, fazendo o que?
Estou trabalhando com um político daqui, como motorista particular e segurança dos filhos dele. Também faço alguns bicos, porque aqui no Maranhão está difícil viver de vale tudo e a gente vai fazendo como pode.

http://www.portaldovt.com.br/pt/?channel=2&id=1295

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