terça-feira, 7 de julho de 2009

Existe vida após o UFC

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Foto: Divulgação

Quinze lutas. Sete anos de estrada. O faixa-preta de Jiu-Jítsu Roan “Jucão” Carneiro chegou aonde poucos chegaram. Em 2007, foi contratado pelo UFC, maior evento de MMA (Vale Tudo) do planeta. Ali, lutou mais cinco vezes. Até ser dispensado em dezembro do ano passado depois de sofrer sua terceira derrota na organização americana.

Jucão, 31, entretanto, jura de pés juntos que não está mais abalado pelo fim do contrato. Para ele, existe vida após o UFC:

- Levei numa boa a minha saída do UFC. Faz parte da vida. Eu não comecei a lutar Vale Tudo por causa do UFC. Lógico que foi sempre um sonho (estar no UFC), por eu ter visto o Royce Gracie lutar lá. Pô, mas tem 500 milhões de eventos que pagam tão bem quanto o UFC, ou às vezes menos, mas tem outras coisas que a gente leva em conta. Nos Estados Unidos, no Japão, na Europa, cada evento tem uma história e não vai ser só o UFC. Lógico que é o evento número um do mundo, mas fazer o que? - disse Jucão ao blog Mano a Mano de Terra Magazine.

Com um cartel de 12 vitórias e oito derrotas, o especialista em torções e estrangulamentos acha que foi prejudicado em seu último combate, quando saiu derrotado para o japonês Ryo Chonan em decisão dividida dos juízes:

- Na minha cabeça eu ganhei aquela luta. Só perdi no resultado, na burocracia. Acabei com o cara ali. Pô, depois da luta ele levou 20 pontos na testa, o que não significa nada, mas mostra que fui muito contundente. Fiz uma estratégia errada no segundo round. Tava esperando o juiz voltar a luta em pé, só que o juiz não voltou. O segundo round eu confesso que eu perdi, mas ele não foi contundente, eu fechei a guarda (prender o adversário entre as pernas) e fiquei (travando o jogo). Eu venci o primeiro e o terceiro round bem claramente, entendeu?

Apesar de ter sido dispensado pelo UFC depois da derrota ocorrida setembro de 2008, o brasileiro garantiu que não guarda ressentimentos contra a direção do evento:

- Não tenho nenhuma mágoa contra a direção do UFC. Os caras só me abriram portas. Eu não acredito que minha derrota foi erro do UFC, foi erro da Comissão Atlética de Atlanta (responsável pela escolha dos juízes). Os caras (da Comissão de Atlanta) não entendem muito de MMA, eles entendem de boxe.

Jucão revelou que não está ansioso para voltar ao UFC, mas que voltaria se tivesse mais uma chance. Segundo ele, grandes organizações de MMA já o sondaram, mas nada foi fechado ainda:

- Eu penso em voltar para o UFC, mas não é algo que eu procuro não, entendeu? To com várias propostas. Recebi propostas do StirkeForce, do Affliction e do Bellator, e to esperando ai, o que aparecer.

O próximo combate do carioca Jucão será em um evento de médio porte contra o paulista Jorge Patino Macaco. Um duelo entre ex-lutadores do UFC, já que Macaco também lutou lá. O confronto entre os brasileiros será a atração principal do Shine Fights, programado para o dia primeiro de agosto, em Miami.

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