sexta-feira, 17 de julho de 2009

Paulo Thiago analisa luta contra Jon Fitch

Por Guilherme Cruz

Foto Josh Hedges

Paulo Thiago chegou para surpreender no UFC. Chegando como um “desconhecido” ao evento, ele nocauteou Josh Koscheck e foi logo convocado para a centésima edição do evento, mas acabou caindo diante do duríssimo Josh Koscheck. De volta ao Brasil, o faixa-preta conversou com a TATAME sobre o combate, revelando que ficou frustrado com o seu desempenho no combate.

“Eu não consegui botar em prática a minha estratégia e acho que ele me venceu na estratégia. Não foi uma luta em que eu consegui impor o ritmo, então saí meio frustrado... Às vezes quando a gente perde, mas dá o nosso máximo, você sabe que seu o seu máximo, mas o cara te superou, mas nessa eu não rendi o que poderia ter rendido, o que eu consigo. Saí meio frustrado, mas agora é treinar, ver o que aconteceu e ir para a próxima”, afirmou Paulo, contando a estratégia que foi traçada para enfrentar o americano.

“Eu estava querendo trocar um pouco em pé com ele, e como a gente sabia que ele ia tentar a queda a gente estava esperando o momento certo para dar o upper ou então bloquear a queda, mas ele conseguiu me dar a queda e eu caí por baixo, e é complicado sair dali. Mas foi uma luta que eu saí de cara limpa, não me machuquei, então dos males o menor”, disse o brasileiro, que quase finalizou o adversário no primeiro round. “A guilhotina estava bem encaixada, mas o negócio é que eu fiquei com as pernas persas por baixo... Eu tinha que ter tirado as pernas de baixo dele, mas ele abraçou as minhas pernas. A guilhotina já estava encaixada”, lamenta o lutador.

Com a derrota, a primeira da carreira, Paulo espera por um novo chamado do Ultimate. “Estou esperando a organização falar quando vai ser a minha próxima luta. Vou ter que refazer um caminho mais longo até o meu objetivo, mas acho que ainda estou no bolo. A gente está com essa previsão, mas ainda não recebemos nenhuma notícia”, conta, analisando as disputas de cinturão do UFC 100, começando pelo domínio do campeão Georges St. Pierre sobre o brasileiro Thiago “Pitbull”.

“O que tem comandado as lutas no UFC é a estratégia. Uma boa estratégia anula totalmente o jogo dos adversários. O cara vem preparado para um tipo de luta e não consegue fazer nada por causa de uma estratégia que o adversário dele fez e foi bem sucedida. A gente vê que a estratégia de luta hoje é tão importante quando a técnica e a preparação”, analisa, comentando também o atropelo de Brock Lesnar no ex-campeão Frank Mir. “Dava par ver que o Lesnar estava com mais vontade de vencer a luta, estava com mais coração que o Mir, então isso contou bastante na luta. O Brock estava com muita vontade de vencer, levou a luta mais a sério”, afirmou o brasileiro, espantado pelas cenas que se seguiram após a vitória de Lesnar: “Ele veio falando na câmera babando, cuspindo... O cara estava igual a um touro bufando”, finalizou.

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