Texto e foto - Carlos Eduardo Ozório
ceozorio@portaldaslutas.com
Sem lutar desde julho de 2008, Pedro Rizzo tem combate marcado para o dia 27 de junho. O brazuca enfrentará Gilbert Yvel, experiente lutador que conta com 30 nocautes na carreira. O evento será organizado por promotores de boxe. Na entrevista a seguir, Rizzo comenta sobre o evento e os adversários: Gilbert Yvel e a falta de ritmo.
Portal das Lutas - Como surgiu essa oportunidade e o que espera desse perigoso adversário?
Pedro Rizzo - Estou treinando bastante já há um tempo e agora é só aumentar um pouco o ritmo. Quem me chamou para lutar esse evento foi o Tom Atencio, do Affliction, que colocou o Yvel também para essa luta. Espero uma luta dura, porque ele é um cara experiente, bom em pé para caramba e explosivo. Tem vários nocautes na carreira, então será uma luta boa. Estou tranqüilo, satisfeito e feliz com essa oportunidade e vou tentar fazer o melhor.
PDL - Você já sabe algo concreto sobre esse evento?
PR - Quem fechou a luta foi o Tom. Ele ligou para mim e para o Joinha (Jorge Guimarães, empresário) e mandou o contrato. Ainda vou saber mais informações sobre o evento. Estava escrito no meu contrato que será no Mississipi, é um evento feito por promotores de boxe que estão entrando no MMA agora. É o que eu sei. A luta está certa, porque os contratos estão assinados.
PDL - Na sua última luta você estava há muito tempo sem lutar e agora isso ocorre novamente. A falta de ritmo é mais um adversário?
PR - Isso atrapalha muito mesmo. Eu sinto isso na pele, porque contra o Josh Barnett foi a mesma coisa, estava há quase 11 meses sem subir no ringue. Isso realmente faz muita diferença e o negócio é fazer bastante sparring no treinamento para ver se pego o tempo. É lógico que no ringue as coisas acontecem mais rápido, entra a adrenalina maior, junta também a vontade de vencer e isso pode atrapalhar. Mas para pegar ritmo tenho que começar, então vou lutar esperando que vença e possa lutar logo em seguida e não precise esperar tanto tempo. Com certeza é um adversário muito grande a falta de ritmo e tento suprir com muito treino. Tomara que não me atrapalhe dessa vez.
PDL - Por que houve essa dificuldade em conseguir lutas?
PR - Não estou com falta de ritmo porque eu quero. Estavam acontecendo esses problemas todos com os eventos, alguns faliram, mas agora tivemos o Strikeforce, que foi muito bom, o Affliction está ainda meio irregular e no Japão o Joinha está vendo algo também. Onde puder lutar eu vou lutar.
PDL - Como seguem os treinamentos para o próximo desafio?
PR - Estou fazendo a parte em pé com o Glover Teixeira, Vitor Miranda, Geovani e Claudio Coelho, tudo lá na Delfim. A parte de wrestling também faço lá com a seleção brasileira de luta olímpica e os treinadores cubanos e o chão quem cuida para mim é o André Pederneiras. O treino está ótimo, com pessoas de qualidade e vários sparrings pesados. Nunca tive treino em pé tão bom, tanto que não precisarei ir à Holanda treinar. Na Holanda, às vezes treino muito boxe tailandês e aqui treino realmente o MMA. Vamos trabalhar bastante.
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