O tema do Bitetti Combat é a redenção. A palavra, que pode significar “resgate” ou “socorro”, foi escolhida não só pelo fato de o Rio de Janeiro, onde ocorrerão as disputas, ter o Cristo Redentor como grande símbolo, mas por ser um projeto que busca resgatar a boa imagem do MMA, ainda visto de forma negativa por alguns na sociedade. Entretanto, a redenção se encaixa perfeitamente a Pedro Rizzo, um dos astros que combaterão no Maracanãzinho, no dia 12 de setembro. Vindo de duas derrotas, a última no dia 27 de junho, Rizzo quer voltar a brilhar do mesmo jeito que acontecia quando ficou famoso por todo o mundo, com empolgantes combates no Ultimate Fighting Championship. Para isso, o brasileiro dará revanche a Jeff Monson, adversário que já nocauteou no Art of War, em 2009. Confira abaixo a entrevista com o lutador.
Você tem sofrido pela inatividade, pela demora entre uma luta e outra. Agora terá a chance de fazer dois combates em menos de três meses. O que acha disso?
Acho que vai melhorar muito. Lógico que a derrota para o Gilbert Yvel (última luta) não foi do jeito que esperava, porque estava muito treinado. Mas vinha de seis anos em que só fiz seis lutas e até jogador de futebol, para voltar ao ritmo, leva dois ou três jogos. Minha média foi de uma luta por ano, sendo que cheguei a ficar quase dois sem lutar. Então esta é a primeira vez em seis anos que tenho a chance de lutar
O que achou de encarar essa pedreira no Bitetti Combat, o Jeff Monson?
Estou muito motivado, porque o Jeff vem de grandes vitórias. Ganhou recentemente do Sergei Kharitonov e outros caras de alto nível como o Ricco Rodriguez e o Roy Nelson. O Ricco já foi campeão do UFC, o Nelson da IFL e o Kharitonov já me venceu e fez luta dura com o Minotauro. Então o Jeff é um cara do mais alto gabarito. Ele também deve vir muito motivado pelos últimos resultados e espero que seja uma luta muito dura, assim como foi a primeira. Nocauteei ele no terceiro round, mas, até eu derrotá-lo, foi um combate muito duro.
O que acha que ele pode tentar aprontar para você dessa vez?
Com certeza em algum momento da luta ele vai tentar me colocar para baixo, porque é a especialidade dele. Não tenho nem o que falar da parte de chão dele, mas espero ele forte em pé também. Na outra luta pensava que ele só iria tentar me derrubar, mas na hora ele meteu a mão
Mas o chão é o principal dele mesmo, concorda?
Com certeza vou trabalhar bastante defesa de pernas para manter a disputa em pé, onde levo certa vantagem. Mas, se for para o chão, tenho que estar com a guarda em dia também para não deixar ele chegar em posições boas.
Comente a possibilidade de, pela primeira vez, o Brasil poder ver de perto alguns dos seus maiores astros, já consagrados mundialmente, num grande show?
Acho que reacende a esperança. Quando houve o UFC Brasil esperávamos que fosse o começo de uma nova Era do MMA aqui. Tiveram outros eventos, mas não um de alto nível como o UFC. O Bitetti Combat tem a proposta de fazer uma produção como é feito lá fora e colocar grandes lutadores dentro do octagon. Então, temos a esperança de que seja o pontapé inicial para uma nova Era do MMA no Brasil. Isso já acontece no mundo todo e só falta acontecer aqui, onde tudo começou. Infelizmente o MMA teve que ir para fora e agora está voltando com esse status de grande show. Espero que seja o primeiro de muitos eventos assim, que trazem atletas de reconhecimento mundial para o Brasil. Quem sabe até o Bitetti não dispute no futuro atletas com o UFC para lutar aqui? É tudo o que a gente espera.
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