quinta-feira, 7 de maio de 2009

Maurício Shogun celebra nova fase, mira cinturão e se esquiva de polêmica entre os Silvas

Daniel Castellano / Gazeta do Povo / Maurício Shogun recarrega as baterias no interior do Paraná antes de voltar com força total ao UFC Maurício Shogun recarrega as baterias no interior do Paraná antes de voltar com força total ao UFC Vale-tudo

Troca de palavras mais ríspida entre Anderson e Wanderlei deixa lutador em cima do muro. Já para disputa entre Lyoto e Rashad e próximo desafio o curitibano já faz planos

05/05/2009 | 17:10 | Thiago de Araújo

O nocaute no primeiro round da edição 97 do Ultimate Fighting Championship (UFC) sobre o ícone Chuck Liddell recolocou a carreira do curitibano Maurício Shogun nos trilhos. A performance digna dos áureos tempos de Pride fez com que o lutador se recoloca-se como uma das principais forças da categoria dos Meio-Pesados (até 93 kg) do UFC. Enquanto seguia para Maringá, no Noroeste do estado, onde descansaria com a família da sua esposa, Shogun conversou com a Gazeta do Povo.

Sobre o confronto com Liddell, o lutador diz que estava preparado para nocautear. “O Chuck estava tranquilo, eu também, e fui com a tática pronta. Nos respeitamos antes e durante a luta, e consegui impor a minha tática lá. Também levei-o para o chão, trabalhei muito todas as possibilidades para os três rounds”, declarou Shogun, feliz com o novo momento no UFC.

Na “briga” entre Wanderlei e Anderson Silva, Shogun fica em cima do muro

Wanderlei Silva, Anderson Silva e Maurício Shogun foram companheiros de equipe na Academia Chute Boxe durante alguns anos. Assim, todos conhecem qualidades e defeitos de cada um. Mas a harmonia de anos de trabalho deram lugar à um clima nada amistoso, iniciado com declarações de Anderson, campeão entre os Médios do UFC, sobre a possibilidade de enfrentar Wanderlei nesta categoria. O “Cachorro Louco” respondeu também com rispidez e a luta pode sair ainda neste ano.

Ciente de que o clima entre os antigos amigos de Chute Boxe está pesado, Shogun procura não se intrometer. “Eles são profissionais, foram amigos no passado, mas são homens e daqui a pouco resolvem isso como acharem melhor. Prefiro nem me meter, eles são meus amigos né...”, limitou-se a dizer Shogun.

Na sua estreia, com o joelho lesionado, o curitibano perdeu para o americano Forrest Griffin. Após uma longa ausência e duas operações, o retorno com vitória sobre Mark Coleman pouco ajudou a Shogun reassumir a sua condição de postulante ao cinturão.

“Contra o Forrest eu estava preparado, mas sem ritmo de luta, noção de espaço, e machucado. Depois fiquei um ano e meio parado, e hoje estou no ritmo, estou totalmente adaptado ao UFC. O meu desempenho não se deveu apenas a parte física, mas eu estava mais preparado em todos os sentidos”, comemorou o curitibano.

Próximo rival e palpite para disputa entre Lyoto e Rashad no UFC 98

Maurício Shogun deve voltar aos treinamentos na próxima semana, e até lá pretende acompanhar de camarote as disputas dentro da sua categoria no UFC. A principal luta entre os Meio-Pesados acontece no dia 23 de maio, no UFC 98, entre o campeão Rashad Evans e o desafiante, o brasileiro Lyoto Machida. Ambos estão invictos na carreira dentro do MMA, mas se Shogun tivesse de apostar em alguém, seria em Machida.

“A luta será dura, o Lyoto é um cara que consegue fazer um jogo difícil de ser reproduzido por qualquer sparring, enquanto o Rashad é muito estrategista. Acho que ambos são muito técnicos e competentes, mas vou torcer pelo Lyoto, diria que é 60% contra 40% para ele”, opinou Shogun. Entretanto, o curitibano sabe que um dos dois pode atravessar o seu caminho em breve, e mesmo contra o amigo Lyoto ele não descarta brigar pelo cinturão.

“Não vejo falha no jogo do Lyoto, ele é bem atlético e é bom em tudo. Nos conhecemos bem, somos amigos e não gostaria de enfrentá-lo, porém pode acontecer. Eu não escolho adversário, depende do evento mesmo”, completou.

Sobre o próximo adversário, Shogun prefere aguardar e deixar com o presidente do UFC, Dana White. Mas ele dá pistas de quem gostaria de encarar. Uma revanche contra Forrest Griffin ou um novo encontro contra o “freguês” Quinton Jackson seriam bem vindas pelo curitibano. Todavia, o momento é de curtir a família, os amigos e aguardar a definição para uma nova luta no segundo semestre.

“Vou esperar o Ultimate tomar uma posição. Independente do adversário eu vou seguir com a equipe e com todo o esquema de preparação que fiz para esta luta contra o Liddell, usarei a mesma metodologia com as mesmas pessoas. Mas obviamente estes dois nomes ai seriam muito interessante para mim”, concluiu.
Gazeta do Povo

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