segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Shogun e Lyoto “em igualdade” na revanche

Por Assinantes da TATAME

Um dos maiores nomes do UFC, Maurício Shogun aceitou o convite da TATAME e respondeu às perguntas dos assinantes da TATAME, relembrando históricas lutas do Pride, a polêmica luta com Lyoto Machida, o encontro com Ricardo Arona e Paulão Filho nos bastidores do Bitetti Combat, seu começo no MMA, ao lado do irmão Murilo “Ninja”, e muito mais. Confira abaixo a entrevista feita por você com Shogun.

O que passou pela sua cabeça quando deram o resultado favorável ao Lyoto? (Gabriel Marcio Santos Lara)

Eu fiquei surpreso com o resultado, pelo que eu senti na luta, pelo que meu córner falava e pela reação dos fãs eu fiquei surpreso e fiquei tentando pensar “o que eu fiz de errado?”, daí cheguei em casa, vi a luta várias vezes e realmente no meu ponto de vista eu venci.

Você acha que foi um erro de arbitragem na sua luta ou uma jogada intencional para chamar uma revanche entre vocês? (Greco Anderson Bedin)

É difícil saber, mas eu acredito que sejam interesses particulares de alguém, eu não digo do evento, sei lá. Talvez das pessoas que trabalham com bolsas de aposta, não sei.

E como você sentiu no final da luta com o Machida, antes da decisão dos juízes? (Carlos Frederico Peroba Carneiros Pontes)

Na verdade, quando a luta acabou eu tinha certeza que eu tinha ganhado a luta, tava com confiança, estava tranquilo até o resultado dar ele. Mas eu estava tranquilo, estava feliz.

Visto que a disputa entre o Lyoto e você foi bastante acirrada, você acha que o fato dele estar vivendo um momento de ascensão no mundo da luta possa ter contribuído para a decisão dos juízes? (Pedro Martinelli Fabbri)

Eu acredito que não, eu acho que cada luta é uma luta. O cara está em ascensão, era possuidor do cinturão, mas eu acho que luta é luta e eu acredito que não.

Como você se sentiria ao receber o título de um evento pela decisão dos juízes, mesmo que ficasse evidente a vitória do seu oponente? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Acho que eu ficaria ao contrário do que estou agora. Eu estou feliz com a minha atuação e estou feliz por ter lutado, se fosse voltar eu faria tudo de novo e eu vou voltar melhor do que da última vez. Mas realmente todo mundo viu quem ganhou a luta.

Sobre as declarações do Lyoto de que você recebeu fortes golpes ou "knockdows", como ele sugeriu, você concorda com essa afirmação de que você sentiu esses golpes ficando tonto a ponto de cair? (Rodrigo Fernandes)

Não, lógico que não. Se as pessoas virem a luta, verão que os meus golpes foram muito mais contundentes do que os do Lyoto, mas infelizmente a mídia no Brasil é manipulada, infelizmente é isso, temos que tentar mudar para tentar reverter isso.

O que os seus fãs podem esperar para a revanche? (Gabriel Marcio Santos Lara, Eristo Mourão Martins e Michel Lenz de Souza)

Eu vou dar o máximo de mim pra representar meu país e minha cidade e que com certeza eu vou dar o máximo de mim, não prometo a vitória, mas os fãs podem esperar o maior esforço possível.

Você vai enfrentar o Lyoto novamente. Pretende manter a estratégia de entrar para acabar com as pernas dele outra vez? (João Nauro)

Vou mudar meu jogo, porque com certeza ele vai vir diferente, eu vou com outras estratégias, com outras cartas na manga.

Normalmente você sempre monta estratégias para a luta. Já houve combates em que as estratégias tiveram que dar lugar ao improviso? (Ederson Lima)

Com certeza já. Por exemplo, a luta com o Cyborg, estava trocando com ele e vi que a luta ia ser no chão e foi para o chão, até mesmo contra o Minotouro. Já teve várias lutas que eu tive que buscar mais essa coisa de lutar no chão, e até então eu só sabia lutar em pé.

Você treinou com sparrings de caratê para essa luta contra o Lyoto? Se sim, foi o principal para achar o tempo exato de ataque e defesa? (Everton dos Santos Molizani)

Na verdade lá na equipe mesmo, o Dida o Marcelinho, eles mesmo que improvisaram e imitaram o Lyoto no treinamento.

Antes das lutas, no que você se foca para ter tantos êxitos? (Ederson Lima, Carlos Eduardo Kraemer e Fernanda Pezarico)

Meu foco em geral, eu entro pensando em mim, em dar o máximo, isso que eu penso, não tenho a obrigação de vencer e sim de dar o máximo de mim.

Você conseguiu fazer o que você pretendia contra o Lyoto? (Cleiton Eduardo Santos)

Eu acredito que 70% do que planejei fazer com o Lyoto foi feito, faltou uma outra parte, mas eu consegui fazer a estratégia e a maioria das coisas que eu queria fazer, pude por em prática quase tudo que planejei.

Seu irmão disse que a Era Machida já era. O que você acha disso? (João Nauro)

Acho que o Lyoto é um cara muito bom, que merece respeito, prefiro não comentar esse assunto porque cada um pensa o que quer, cada um tem a liberdade de achar o que é melhor.

Como descobriu e mostrou a estratégia da luta contra o Lyoto tendo em vista que nenhum oponente tinha dado trabalho a ele? (Everton dos Santos Molizani)

Na verdade toda luta minha eu faço reunião com a equipe aqui em casa e cada um tem liberdade de falar, palpitar sobre a estratégia e sobre tudo mais. Dentro dessas reuniões todos nós discutimos até chegar a melhor estratégia e por em prática nos treinos.

Você ficou surpreso com a resistência do Lyoto aos seus low kicks? Você acredita que mantendo essa estratégia você consegue vencer sem ir para a decisão? (Sérgio Lima e Fernando Luiz Buss Tupich)

Realmente os chutes pegaram bem nele, na costela, no joelho, percebi que ele tava ficando machucado mesmo no decorrer da luta e eu acredito que ele tenha trabalhado com força, o cara é guerreiro mesmo, eu acredito que se essa luta fosse em qualquer ocasião normal eu teria vencido.

Você acha que vai ter uma desvantagem na próxima luta com o Lyoto agora que perdeu um pouco da surpresa? (Martin Viegas Lacerda)

Eu acho que não, do mesmo jeito que ele conhece a minha tática para luta eu conheço a dele, isso se torna 0x0, ninguém tem vantagem nenhuma. Vai ser uma batalha, vou ter que treinar tudo de novo.

Você acredita que, nomes como o do Renzo e Rickson Gracie e até o Couture quando parar, pela experiência em MMA não deveriam ser convidados pela organização do UFC para compor e renovar o quadro de juízes da organização, que ao que parece é formado por juízes de boxe e não de MMA. Isso não acabaria com as polêmicas, ou pelo menos daria mais credibilidade, as decisões tomadas pelos juízes? (Sérgio Lima)

Eu estot descobrindo o motivo que eu perdi essa luta, realmente eu acho se que foi erro do juiz, tinha que colocar novos juízes, fazer uma renovação, colocar os lutadores de Vale-Tudo, né?

Na preparação para sua ultima luta seu irmão Murilo Ninja deixou de lutar no exterior para te ajudar, defina o significado desta atitude do Murilo? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Ele sempre me ajuda muito, um quer sempre ajudar ao outro, eu to aqui para ajudá-lo e a gente sempre se ajuda, a gente está sempre junto, um amparando o outro, um no córner do outro, nos sentimos confortáveis juntos.

Quando você começou na Chute Boxe, Ninja já era lutador de lá. Conte como foi esse início em relação a ele. Até que ponto ele servia de base pra você? (Pedro Martinelli Fabbri)

Quando eu comecei já via meu irmão lutar com grandes feras e isso serviu de espelho para mim, foi uma ótima motivação, sempre me espelhei nele quando treinava na academia e com certeza para mim foi muito bom porque é bom você treinar com uma pessoa que você se espelha, isso faz você crescer.

Você é privilegiado pelo fato de ter seu irmão te ajudando nos seus treinos, como é a relação de vocês? Começaram a lutar juntos? (Gabriel Marcio Santos Lara)

A gente se dá super bem e ele começou a lutar antes de mim e me incentivou.

O que o Ninja representa para você? (Carlos Frederico Peroba Carneiros Pontes)

Muita coisa. Como falei antes, ele me incentivou à luta e eu devo a ele tudo que eu tenho, pois ele que botou no mundo da luta.

Qual a diferença entre o Shogun campeão do Pride e o Shogun lutador do UFC? (Pedro Martinelli Fabbri)

(Risos) Acredito que o Shogun no Pride era um cara adaptado ao ringue e hoje o Shogun do UFC é um cara adaptado ao cage. Eu foco mais a luta e antigamente eu tinha que fazer outras coisas, hoje sou muito mais focado e profissional.

Todos criticaram quando o André Dida foi escolhido para ser seu técnico, uma vez por acharem que ele é muito jovem para ser técnico, ou por que deveria ter sido o Cunha, entre outras criticas. Mas o Dida cumpriu o que prometeu. O que você tem a dizer a essas pessoas? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Essas pessoas tinham que ser humildes e assumir o erro, porque quando escolhi o Dida todo mundo ficou falando um monte de merda, depois que ele provou que eu estava muito bem na parte em pé, responsável por ele, todo mundo foi lá. O Dida é um cara que eu não arrisquei ao contratar ele, já conhecia o trabalho dele, não foi um risco, era conhecido de todos da Chute Boxe, inclusive o Cunha, o Cunha é um cara que tava ligado ao evento, mas não ao treinamento.

Shogun, como você gostaria de ganhar do Lyoto Machida? Pontos, finalização ou nocaute? (Michel Lenz de Souza)

Eu falei isso nos EUA na coletiva de imprensa, eu falei que essa luta é meu sonho e ganhar de qualquer jeito está bom, o objetivo é a vitória.

Como foi ver o reencontro entre o Murilo Ninja e a vitória, e ainda mais com um belo nocaute, no Maracanãzinho? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Meu irmão é um cara muito duro, quem conhece ele sabe disso, ele não para nos treinos, foi muito bom, ele está mais motivado, treinando bastante, pronto para a próxima luta.

O Ninja é seu irmão, e mais velho. Você, ao iniciar os treinos na Chute Boxe, logo foi considerado um fenômeno e isso prova que seu "instinto" é aguçado. Com que idade você começou a "equilibrar" os confrontos com o Murilo, e também se, mesmo na época de moleque, já teve que tomar as dores por ele naquelas discussões de rua, colégio, que quase ou mesmo viram em briga? (Omar Santos Oliveira)

Graças a Deus nunca tive que tomar as dores, nunca briguei na rua e na verdade a gente nunca pensa assim nos treinamentos, quem está levando a melhor, tentamos ajudar um ao outro, quem fica comentando treino não é atleta profissional, treino é treino e luta é luta. Tem pessoas que não treinam tão bem, mas lutam bem. A gente está junto é para ajudar um ao outro, na luta são duas batalhas, a luta e o psicológico, não temos essa mentalidade de competição nos treinos.

Ao ouvir em uma entrevista de radio, onde você e o Wanderlei Silva participavam, o Wandeco falou que você tinha dado para ele um pitbull e depois quis pegar o cachorro de volta. E neste impasse, vocês decidiram que fariam uma luta no treino e o vencedor ficaria com o pitbull, afinal com quem ficou com o cachorro? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Maior “migué” essa história, eu não tenho pitbull, nunca tive... A gente estava treinando e eu levei um knockdown daí ele ficou brincando dizendo que ganhou...

Você aproveitou a viagem de volta para pensar sobre o que aconteceu no UFC 104? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Na verdade essa luta já faz parte do passado e já estou pensando na próxima luta agora, eu respeito muito o Lyoto, ele não tem culpa do resultado, isso é com os juízes, não posso viver dessa luta, se venci ou não venci, tenho que dar continuidade a minha carreira.

Como foi entrar vaiado e sair ovacionado pelo publico presente no UFC 104? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Eu fico muito feliz, porque a maior motivação que eu tenho são meus fãs, então fico feliz em ter o reconhecimento dos meus fãs.

Durante a luta você recebeu algumas joelhadas do Lyoto, porque isto não foi corrigido no decorrer dos cinco rounds? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Foi corrigido, se você ver o último round foi corrigido, meu córner me avisou e eu comecei a bloquear as joelhadas.

Na revanche o que você acha que Lyoto irá mudar na parte estratégica? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Nem pensei nisso ainda, vai ter a hora da minha equipe sentar e pensar sobre isso, mas agora não é o momento ainda.

Wanderlei Silva declarou várias vezes que o único atleta que não enfrentaria seria você por causa da grande amizade existente entre vocês, nos fale como conheceu o Wandeco e como se desenvolveu essa amizade? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Conheci ele na academia Chute Boxe e a amizade foi acontecendo, rolando a porrada ali ela foi nascendo, o único cara que eu não luto é ele e o meu irmão.

Shogun, como todos sabem você treinava com o Anderson Silva na Chute Boxe em Curitiba e recentemente ele tem levantado polêmica sobre lutas entre brasileiros ou membros de uma mesma equipe, qual a sua posição sobre esse assunto e o q você sentiu quando viu o Anderson, seu antigo companheiro de treino, no córner do Lyoto, que lutou contra você? (Felipe de Faria Silva)

Não fiquei chateado, a gente tem profissionalismo do mesmo jeito que eu posso estar no córner de algum cara que lute contra o Anderson. Ele tem a equipe dele.

Você lutaria com o Anderson Silva mesmo não sendo este da sua categoria, ou seja os meio-pesados? (Thiago Custódio)

Com certeza, acho que a gente tem que ser profissional. A única luta que eu não faria é com meu irmão.

Há alguma possibilidade de ocorrer uma luta sua contra o Fedor Emelianenko? (Thiago Custódio)

(risos) O Fedor, na minha opinião, é o numero um do mundo, com certeza todo mundo quer lutar com ele, como eu sempre falo, eu luto com qualquer um e estou acostumado com caras duros na minha frente.

Fora você que é um dos melhores lutadores de MMA do mundo na atualidade, quais seriam os outros cinco melhores em sua opinião? (Thiago Custódio)

Fedor, Anderson, St. Pierre, BJ Penn e acho que o Lyoto.

Wanderlei, Thiago Silva, Macaco, Ninja, Anderson, Cyborg, Werdum, Pelé, você, Cristiano Marcelo... Deve dar orgulho ter participado de uma geração de lendas como essa, não é? Como era a relação entre tantas estrelas dividindo o mesmo CT? Do que você sente mais falta? (Pedro Martinelli Fabbri)

O que eu mais sinto falta aqui é da galera, nos tínhamos uma galera boa, energia boa, a gente se dava muito bem.

Conte como foi a sua formação na Chute Boxe? (Tiago Tomaz Costa e Silva)

Eu tinha 19 anos na época e eu entrei lá com o interesse de lutar, eu peguei a faixa-preta em três anos com meu mestre Rafael e eu ralei muito para chegar aonde eu cheguei e acho que já apresentei vários shows pretendo realizar muito mais.

A extinta rivalidade entre estilos de luta (protagonizada entre Chute Boxe e BTT) contribuiu para a divulgação do Vale-tudo. Mas você acha que, de certo modo, essa rivalidade excessiva e as vezes até descontrolada possa ter sido o fator fundamental para hoje em dia o público brasileiro em geral ter grande resistência em assumir o MMA como esporte? Você se arrepende dessas "confusões"? (Pedro Martinelli Fabbri)

Com certeza, tinha rivalidade entre BTT e Chute Boxe. Na realidade a situação era com a BTT né? Os caras estavam sempre falando da gente. Eu na me arrependo de nada não, era uma motivação na época e deu tudo certo.

Falando de Brasil, você acha que se o MMA já tivesse começado na profissionalização que é hoje, com regras e equipamentos adequados, ele não seria visto com tanta resistência pelo grande público? Se ao invés da proposta sanguinária que tinha, ele já começasse com uma proposta esportiva, como hoje, o caminho não teria sido mais fácil? (Pedro Martinelli Fabbri)

O Brasil começou pelo caminho errado no Vale-Tudo, a pessoa que é leiga e não entende acha que é uma coisa selvagem, mas não é, as regras tinhas que ser as do MMA desde cedo, para que o publico entendesse que é um esporte.

Você sente falta do público japonês? Qual a diferença entre o público japonês e o americano? (Pedro Martinelli Fabbri)

O Japão é um país lindo, lutei muito lá, tenho muito carinho com os japoneses, tem muito evento de luta lá. A grande diferença é que no Japão eles ficam quietinhos analisando e nos EUA é uma galera berrando.

Você sente falta dos tiros de meta? Você acha que as regras do Pride eram mais emocionantes? (Greco Anderson Bedin)

Eu acho que sim e eu acho que cotoveladas machucam bem mais do que os pisões, mas agora estou no Ultimate e tenho que seguir as regras.

Você gostava dos GPs? Você toparia participar de um atualmente? Por que você acha que o UFC não promove GPs? (Greco Anderson Bedin)

Com certeza, eu acho GP legal, lutam vários caras da mesma categoria e vence o melhor.

Apesar de estar muito bem empregado, chegou a bater uma "inveja boa" do Ninja, que lutou para o público brasileiro no Bitetti Combat? Até que ponto a vontade de lutar para o nosso público pode interferir na sua carreira? (Pedro Martinelli Fabbri)

Inveja não, pelo contrário, ele é um cara invicto lutando no Brasil, acho que ele tem seis lutas e seis vitórias no Brasil, fico muito feliz por ele está lutando em alto nível dentro do país.

Como foi o encontro com Arona e Paulão (ex-desafetos) nos bastidores do Bitetti Combat em setembro no Rio? Como um atleta de primeiro time sentiu-se preterido pela organização do evento que apresentou Minotauro e Anderson Silva como estrelas fora dos ringues? (Julio Andrade)

Foi legal, normal, sem problemas.

Você acha que o Ricardo Arona ainda é um dos tops da categoria meio pesado e merece uma vaga no UFC ou sua carreira está em declínio? (Greco Anderson Bedin)

Não acompanho ele treinar então não posso falar, mas acredito que ele treinado pode pegar qualquer um, sem problemas.

Atualmente você está no UFC, mas se o Pride ainda existisse, ignorando valores pagos, onde você preferiria lutar? (Antonio Andrade)

(Risos) O cara quer me botar na fogueira, hein, cara? Na verdade eu nunca pensei nisso, mas agora estou competindo no UFC e estou focado no Ultimate

Se na final do GP do Pride tivesse encontrado seu amigo e então parceiro de treinos Wanderlei Silva, sinceramente como acha que iria rolar esse combate? (Julio Andrade)

Se rolar, sim, íamos lutar.

Qual foi a melhor luta da sua carreira? (Julio Andrade)

Acho que tive várias experiências legais com o Liddell, o Minotouro, com o Rampage, até mesmo com o Lyoto, com o Cyborg, acho que todas essas lutas foram importantes.

Das suas quatro derrotas na carreira (Babalú, Coleman, Forrest e Lyoto), qual foi a mais difícil de engolir? (Julio Andrade)

Acho que foi a do Lyoto, por decisão e desse jeito que foi.

A Chute Boxe defendia a bandeira do Muay Thai e você, juntamente com Murilo Ninja, sempre tiveram muita técnica no chão (sua luta com Kevin Randelman mostrou claramente isso). Qual sua escola no Jiu-Jitsu? (Julio Andrade)

Eu comecei na Gracie e hoje, sou formado pelo Nino, tenho muito orgulho de ser faixa-preta do Nino.

Após a luta com Lyoto, ficou claro que a sua popularidade nos EUA cresceu de vez, absurdamente. Caso lhe fosse dada a opção de protagonizar um The Ultimate Fighter ou disputar o cinturão novamente, ambos pela mesma quantia financeira, o que você escolheria? (Pedro Martinelli Fabbri)

O cinturão, com certeza. Esse é meu sonho e a minha missão.

A sua popularidade nos Estados Unidos cresceu bastante, após sua última luta. Como está sendo a recepção dos fãs? E aqui no Brasil, mudou alguma coisa em relação a isso, após a luta? (Pedro Martinelli Fabbri)

Aumentou a receptividade dos fãs e fico muito feliz com isso.

Você tem vontade de lutar novamente contra o Forrest Griffin? E o que achou da luta dele contra o Anderson Silva? (Everton dos Santos Molizani)

A luta dele com o Forrest, além de ele lutar bem e por a tática dele na luta, soube usar o psicológico dele contra o Forest, gostaria de lutar de novo com o Forrest também.

O que mudou daquele Shogun que enfrentou Forrest Griffin e Mark Coleman para aquele que enfrentou e nocauteou Chuck Liddel e que fez um lutão contra o Lyoto? (Everton dos Santos Molizani e Rafael Ribeiro Anselmo)

A diferença é que hoje eu estou adaptado ao UFC e antes eu não estava adaptado ao octógono e tudo mais.

O que você aconselharia para um faixa azul como eu de jiu-jitsu e amante de muay thai para iniciar na carreira do MMA? (Luis Ricardo de Almeida Silva)

Aconselharia dedicação e temos que dar a vida, por que o nível é muito alto.

Você esteve em Natal, no Leal Combat. O que você achou do nível dos lutadores de lá? Alguma promessa? (Diego Hallysson Alves de Oliveira)

Tem muitos atletas bons em Natal, com certeza tem muitas revelações lá.

A UDL vai realizar algum evento de MMA ou Muay Thai em nossa região (sul), e ainda se a UDL pretende realizar credenciamento de atletas para treinar e quem sabe fazer parte da equipe? (Rodrigo Fernandes)

A UDL é uma equipe muito nova, tem só dois anos e estamos com vários projetos lá, de fazer eventos, com muita gente boa já, estamos crescendo.

Qual a sua opinião sobre levar o Submission para as olimpíadas do Rio 2016? (Carlos Frederico Peroba Carneiros Pontes)

Acho muito bom, acho que vai ser legal, o Submission está sendo praticado em todo o mundo, com certeza só tem a acrescentar a nós e ao Jiu-Jitsu.

Sua mãe é maratonista. Tem um irmão praticante de MMA e outro consagrado antes mesmo de você começar a lutar. De que forma sua família ajudou sua carreira? (Julio Andrade)

Minha família sempre me motivou bastante, meu irmão começou muito novo também.

Quem são os treinadores da UDL? Em que ponto o distanciamento de Rafael Cordeiro e Rudimar Fedrigo foi melhor ou pior na sua carreira?(Julio Andrade)

Dida, Amaral e uma galera. Hoje posso escolher quem eu quero do meu lado, então eu escolhi todas as pessoas que eu acho que trabalham da melhor forma possível.

Você acha que o Minotouro é um dos tops da categoria e com isso pode haver uma revanche contra você, inclusive em uma disputa de cinturão? Como você acha que seria essa luta? (Greco Anderson Bedin)

Com certeza, fiz um lutaço com o Minotouro e acho que seria interessante lutar com ele novamente.

Como você vê o futuro do MMA no Brasil daqui a cinco anos? Acha que, assim como no futebol, a tendência é o público torcer por uma bandeira, ao invés de um atleta? Ou o tipo de afinidade seria diferente (como é hoje em dia), onde as pessoas se identificam com o lutador especificamente? (Pedro Martinelli Fabbri)

Vejo um time bem maior e com certeza num patamar bem melhor do que está hoje.

Caso conquiste o cinturão do UFC, o que mais você iria querer buscar? O que te motivaria a continuar lutando? (Pedro Martinelli Fabbri)

Na verdade ainda não pensei nisso, quando estiver próximo de acontecer eu vejo o que vou fazer.

Qual lutador de MMA você considera o melhor no “pano”? (Osmar Santos Oliveira)

Demian Maia.

Há um vídeo na internet que mostra os bastidores após aquela sua fatídica luta com o Coleman no Pride, quando nos vestiários o Wanderlei botou na mesa, cara a cara, para o Coleman, Phil Baroni e Quinton Jackson. O que houve naquela ocasião e o que fez a porrada não “rolar geral", como diz no vídeo o Mestre Rafael Cordeiro? (Omar Santos Oliveira)

Aconteceu um problema no ringue lá, mas hoje está tranqüilo já, tudo resolvido. Eles já treinaram juntos com o Wanderlei, está tudo normal.

Shogun, no apagar das luzes do Pride, perguntaram ao Dana White se ele teria interesse no seu passe, já que era um dos principais lutadores do evento japonês. Em resposta disse que "ninguém sabia quem era Maurício Shogun". Certamente ele sabe hoje quem é Maurício Shogun! Como foi o primeiro contato com o UFC? (Julio Andrade)

Foi legal, eu gostei de encontrar com o Dana White, e conversamos, assinei o contrato e foi tudo tranqüilo.

Quem foi o seu maior rival? (Julio Andrade)

Não tenho um maior rival, todo mundo que eu lutei foi meu rival, não foco em nenhum lutador e sim na minha próxima luta.

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