Lutador revela mudança no comportamento do público brasileiro depois da luta contra Vitor Belfort
O MMA é o esporte que mais cresce no mundo. E no Brasil não é diferente. Apesar de não ter nem a metade da repercussão que tem nos Estados Unidos, por exemplo, o esporte vai conquistando seu espaço e cada vez mais tem fãs. Anderson Silva, talvez a maior estrela do UFC, que é o principal campeonato da modalidade, começa a sentir isso e tenta se acostumar com a novidade.
No Japão ou nos Estados Unidos, por exemplo, Anderson não conseguiria dar dez passos sem ser reconhecido. No Brasil, até pouco tempo atrás, isso não acontecia. A rotina mudou bastante depois do UFC 126, quando Anderson derrubou Vitor Belfort com um chute frontal no queixo. Foi o que ele revelou no programa da Rede Globo Altas Horas, que será exibido na TV na madrugada deste sábado.
Anderson Silva venceu com facilidade a brincadeira de quem tinha o soco mais forte
“Quando eu desembarquei no Brasil depois da luta, eu percebi que alguma coisa tinha mudado. Eu e meu amigo demoramos três horas para sair do aeroporto. Várias pessoas queriam tirar foto, pedir autógrafo”, lembra Anderson, que completou:
“Eu cheguei em casa, tinha gente em cima do muro tirando foto, desesperados, fazendo loucuras. E isso não precisa, todo mundo pode conseguir uma foto sem fazer loucuras. Mas isso é muito bacana. É legal ver o público reconhecendo, mas ainda não me considero um superstar”, afirmou.
O Brasil sempre foi muito reconhecido no mundo inteiro por causa de seus lutadores. Vários brasileiros já foram ou ainda são campeões nos mais diversos campeonatos de MMA e de outros tipos de luta.
Esse é o trabalho que Anderson acha essencial para que a modalidade cresça no país. Para ele, o sucesso já bateu na porta. Ele recebeu cerca de R$ 200 mil para estampar a marca da Bozzano na luta do UFC 126. O acordo já foi encerrado, mas pode ser renovado depois da repercussão gigante que o evento em Las Vegas teve no Brasil.
Anderson é cliente da 9ine, empresa de Ronaldo Fenômeno que gerencia a carreira de atletas. O lutador faz reuniões ainda com a Bozzano para saber o que será da relação deles no futuro.
Até por isso, ele já aproveita para se livrar da possível fama de bad boy que adquiriu após a grande encarada que deu em Vitor Belfort e dos insultos que trocaram em cima do palco da pesagem do UFC 126, um dia antes da luta.
“Eu não tenho nada a ver com bad boy. Eu sou isso aqui que vocês estão vendo. Vocês vão me conhecer melhor ainda. Na luta, eu faço o que o público gosta de ver. É aquela coisa de vender a luta. Lógico que minha encarada com o Belfort foi encenação, o público gosta disso. A gente tem que fazer com que as pessoas assistam o evento. Eu não tenho nada contra nenhum outro atleta, muito menos contra o Vitor”, concluiu.
Anderson, aliás, abusou do carisma no Altas Horas. Posou para fotos, retribuia a quase todos chamados do público - na sua maioria composto por universitários -, arriscou uma dança no estilo Michael Jackson e cantou para si mesmo a música sertaneja com a convidada do programa. Na brincadeira de quem tem o soco mais forte, claro, ganhou com facilidade.
O UFC 126, por sua vez, bateu todos os recordes no Brasil. Foi o evento mais assistido no pay-per-view da Globosat, teve recorde de audiência na Rede TV! e no Sportv, que fizeram documentários sobre o evento e já rendeu capa de revista para Anderson Silva. É a mania mundial chegando no país do futebol.
http://esporte.ig.com.br//lutas/anderson+silva+tenta+se+acostumar+com+fama+no+brasil+apos+ufc+126/n1238020836710.html
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