quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Renato Babalu deseja se aposentar em breve com cinturão

Se depender dos planos do carioca Renato Babalu Sobral, 2010 pode ser o último ano que o veremos num ringue.

Um dos atletas brasileiros mais populares do MMA moderno, Babalu pensa em parar de lutar assim que reconquistar o cinturão de campeão do Strikeforce.

O especialista em muay thai, wrestling e jiu-jitsu revelou em entrevista ao blog Mano a Mano que se tiver a chance de bater o americano Dan Henderson e o armênio Gergard Mousasi, em seguida se aposentará.

Babalu foi revelado pelo legendário Marco Ruas e luta desde 1997. Passou por eventos renomados como o UFC, Cage Rage, Rings e Affliction. Hoje é um dos atletas mais valiosos do Strikeforce. O cartel dele é de 35 vitórias e oitos derrotas. Já encarou vários campeões, como, por exemplo, Fedor Emelianenko, Kevin Randleman, Maurice Smith, Chuck Liddell e Maurício Shogun.

Na última aparição de Babalu, ele perdeu o cinturão de campeão do meio-pesados (93kg) em menos de um minuto para Gergard Mousasi. A este blog, o carioca se mostrou sedento por uma revanche. Na entrevista, ele também fala sobre a demissão do UFC, comenta como anda a relação com Marco Ruas e faz planos para se aposentar me grane estilo. Veja abaixo.

Blog Mano a Mano - O que planeja para 2010?
Meu plano é o de vencer mais uma ou duas lutas e depois lutar de novo com o Mousasi para pegar o cinturão de volta. Meu plano é esse.

Babalu - O objetivo principal da sua carreira agora é a revanche com o Mousasi?
É, sim. Estou engasgado com a derrota.

O que deu errado na luta contra o Mousasi?
Eu não entrei na luta direito. O moleque (se referindo ao Mousasi) entrou bem e eu lutei rachado.

Ficou surpreso com a qualidade técnica do Mousasi?
Não fiquei surpreso com nada. Só fiquei surpreso com a minha reação mesmo. Eu entrei mal na luta.

Foi a sua pior apresentação na carreira?
Sem sombra de dúvida. Mas sempre terá uma próxima vez.

Tem em vista alguma luta?
Nada ainda. Tenho mais três lutas no contrato com o Strikeforce.

Tem feito o que nesses últimos meses de 2009?
Tenho comido muita besteira (risos). Vou treinar mais duro em breve e to tocando a minha academia pra frente.

O que falta para sua próxima luta sair?
Depende de muita gente. Não depende só de mim e do meu empresário. Depende do Strikeforce e do que a televisão deseja mostrar. No Strikeforce há dois caras responsáveis por casas as lutas. Eles não preparam dois, três cards de uma vez. Estão preocupados com o evento de dezembro e nesse eu não vou lutar.

Quando você espera pisar nos ringues de novo?
Espero estar de volta em janeiro. A organização do evento ta me sondando pra isso. Devem ter dois eventos no início de 2010, um em janeiro e outro em fevereiro. Estarei preparado pra qualquer um deles. Meu objetivo principal é conquistar de novo o meu cinturão. Quem quer ser campeão tem que estar pronto a qualquer momento.

Pensa em lutar de novo pelo UFC?
Posso falar uma coisa pra você? A vida é uma caixinha de surpresas, nunca se sabe o que vai acontecer daqui a dois, três dias. O que eu penso que hoje é laranja, às vezes amanhã vira vermelho.

Você tá feliz no Strikeforce ou sente saudades do UFC?
To bem, to feliz.

Se você se tornar campeão do Strikeforce te interessaria fazer uma luta contra o campeão do UFC, que hoje seria o Lyoto Machida?
Não. O Lyoto eu considero como um amigo. Cada um tem um destino e o nosso destino não se cruzou. Não tem porque pensar numa luta que não vai acontecer.

Quem seria um bom adversário nesse momento da sua carreira?
Qualquer um que me bote na linha de novo pra lutar com o Mousasi.Só isso que eu quero.

Quem são os adversários mais perigosos no Strikeforce na sua categoria?
Agora entrou o Dan Henderson. Tem o Rafael Feijão que é um bom adversário. O Mousasi é mais um perigoso. Tem outros caras bons também que eu não considero adversários pois treinam comigo.

O que achou da aquisição do Dan Henderson pelo Strikeforce?
Achei ótimo. Há muito tempo atrás ele me ganhou numa luta no Japão.

Você acredita que terá uma revanche contra o Henderson?
Pô, espero que sim. Espero que sim. Se puserem ele na reta pra mim ia ser ótimo. Nossa senhora (em tom de empolgação)! Ia finalizar minha carreira com duas lutas fenomenais, o Henderson e o Mousasi e o cinturão de volta.

Você acha que tá caminhando para o fim de carreira?
Acho.

Calcula fazer mais duas lutas e se aposentar em seguida?
Depende das lutas. Se fossem Henderson e Mousasi tava bom pra se aposentar.

Resta ainda alguma mágoa em relação à sua demissão do UFC?
Não, não.

Você não se sentiu injustiçado por ter sido acusado de ter estrangulado o oponente mesmo quando ele já estava desmaiado? Você se excedeu naquela noite como acusou o UFC ou não percebeu que já tinha vencido a luta?
Fizeram o que acharam melhor para o evento. Acabou que foi o melhor pra mim também. Não senti ele batendo ou apagando, não senti nada. Só parei quando o juiz mandou. Mas luta é um esporte de contato. Às vezes a gente se excede. Não é natação, não.

Falando em revanche, você ainda sonha em lutar de novo com Chuck Liddell, apesar de ser um duelo irreal hoje em dia?
Não, não, nada disso. Já apanhei duas vezes (risos). Não tem nem do que reclamar.

O seu antigo mestre Marco Ruas e você mantém algum tipo de contato?
Não.

E você queria ter?
Bom, ele é um cara gente fina, mas não foi o destino, né. Já deixei vários parceiros pra trás que hoje em dia eu não tenho contato, mas são amigos e eu não tive nenhum tipo de stress. A vida da gente depende do destino. Eu vim morar nos Estados Unidos. Ele mora até perto aqui de casa, mas aquela vida e aquele tempo ficou pra trás. E a gente deixa pra trás lembranças, as boas as ruins. Tenho boas lembranças dele. Algumas boas e algumas ruins. Como de qualquer outra pessoa.

Fim de ano, vai passar férias no Brasil?
Acabei de chega do Havaí. Estive nos campeonatos de ondas gigantes. Não penso em viajar pelos próximos meses.

Você acompanha os eventos de MMA ao vivo?
Quem é fã geralmente acompanha mais lutas do que quem é lutador. Eu vejo as lutas como uma forma de estudar. Nunca como forma de diversão. Só vejo lutas que to interessado. Não ligo a televisão pra ver lutas.

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