Lyoto Machida está em situação delicada no UFC. Com duas derrotas consecutivas no octagon, o carateca encara o ídolo americano Randy Couture no UFC 129, e precisa da vitória para se livrar do peso colocado por seu patrão, que já fala em demissão. “O UFC visa muito a parte do rendimento, lucro, e se eu não estiver mais agradando não vão olhar pra mim com pena”, disse Lyoto, em entrevista à TATAME, prometendo seu máximo na luta contra Couture, analisando o jogo do oponente e comentando a expectativa para lutar diante de 50 mil pessoas no Canadá, além de avaliar a disputa de cinturão entre Maurício Shogun e Jon Jones. Confira!
Como estão os treinos para a luta?
Estamos fazendo muita preparação física, pois sabemos que o Randy Couture é um cara muito resistente. E já demos início na parte técnica, mas ainda fazendo a base do treinamento.
Qual a expectativa para o combate?
As expectativas são as melhores. Sabemos que o Randy Couture é um grande campeão, um cara que ajudou a construir o esporte, e é um prazer enorme ter essa luta no meu histórico, porque farei parte da histórica do Randy Couture e do esporte. Ele somou muito para o MMA. Tenho confiança de que podemos vencer, temos muitas armas. Apesar de ele estar numa idade, ele é muito duro e experiente, tanto que vem lutando com caras como Minotauro, e fez lutas duras e é páreo para qualquer um.
O Couture é conhecido pelo eficiente Wrestling e jogo de dirty boxing no clinche... Vocês já têm uma estratégia para isso?
Ele tem esse ponto forte, mas evoluiu muito com o esporte. Como ele sempre competiu em alto nível, não tem apenas uma coisa. O clinche é a coisa mais forte, mas viemos treinando vários fatores em que ele é forte. Ele tem uma esquiva muito boa no Boxe, bota pra baixo bem...
Você vai fazer sua preparação só em Belém ou pretende ir para o Rio de Janeiro ou Estados Unidos?
Olha, para os Estados Unidos eu não pretendo ir agora, mas talvez sim ao Rio, passar uma temporada aí. Enquanto não decidir, vou fazer meu treino todo aqui. Provavelmente trarei pessoas para treinar comigo aqui.
Você vem de duas derrotas e tem sido muito criticado, até mesmo pelo presidente do UFC. Você acha que está em situação delicada no evento? Uma derrota pode causar sua demissão?
Com certeza. O UFC visa muito a parte do rendimento, lucro, e se eu não estiver mais agradando não vão olhar pra mim com pena. Até por isso mesmo que sempre investi o máximo que pude, e nessa não vai ser diferente. Se eu já fazia muito, vou fazer muito mais. Vou fazer de tudo pra vencer. Se eu tiver que trazer os melhores profissionais, eu vou. Apesar de estar longe geograficamente, tenho condições de trazer as pessoas para me ajudar aqui em Belém.
O UFC 129 já quebrou o recorde de público e renda da história do evento. Como você acha que será lutar diante de mais de 50 mil pessoas?
Já tive a experiência de lutar com mais de 50 mil pessoas, no Tokyo Dome, mas o público do UFC é diferente. Eles gritam, vaiam, é uma coisa diferente. Estou na expectativa grande para saber como vai ser isso, mas acredito que consigo dominar bem esse lado. Não sou um cara fácil de cair nessa armadilha. Consigo me concentrar bem.
Pelo menos a luta não vai ser nos Estados Unidos, senão você teria 50 mil torcendo contra você, né?
Eu não acho muito difícil de acontecer porque o Randy é um cara muito querido, tem muito mais nome e chegou onde chegou. Mas existe a rivalidade entre canadense e americano, e conto com ela (risos).
O Shogun vai colocar o cinturão da categoria contra o jovem Jon Jones. O que você espera dessa luta? Acha que o Jones tem condições de vencer?
Quando entra ali, ainda mais um cara cotado como o Jones, tem chances, mas acho que o Shogun é mais preparado e experiente, tem mais jogo. Tecnicamente, ele tem mais jogo que o Jon Jones. Ele tem um bom chão, luta bem em pé, tem volume de jogo. Todo mundo está olhando pelo lado do Jon Jones, que é um cara novo, mas não acho. Só acho que ele parece ter vantagem no aspecto físico. O Shogun também é jovem e tem condições de fazer uma grande luta. O Shogun tem mais chances que o Jon Jones.
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