Ex-campeão peso pesado do Pride e do UFC, Rodrigo Minotauro terá a chance de vingar uma das derrotas amargas de sua carreira. Na luta principal do UFC 119, o baiano encara Frank Mir, seu algoz de 2008, e está pronto para o duelo. Em entrevista exclusiva à TATAME, Minotauro falou sobre a revanche, comparou seu Jiu-Jitsu ao do americano, comentou e o duelo de seu irmão Rogério Minotouro contra Ryan Bader, que foi pupilo de Minota no The Ultimate Fighter 8.
Você finalmente terá a revanche contra o Frank Mir, algo que você sempre pediu. Como está a motivação para essa luta?
Estou motivado, treinando bem, estou no gás... É uma luta importante para a minha carreira. Essa é a luta que eu queria há um tempo e agradeço a eles (UFC) por terem me dado essa chance de fazer essa luta novamente. Estou pronto pra guerra.
Você já começou a preparação para a luta?
Estou treinando bastante, fazendo a preparação com o André Galvão, o pessoal lá do CT, vou para a Bahia, treinar um pouco de Boxe também, Muay Thai, e no começo do mês vou lá para Los Angeles, treinar com o Anderson Silva e o pessoal.
Você já teve um tempo para poder pensar em estratégia para a luta contra o Frank Mir...
Logicamente a estratégia é nossa, vamos ver o que vai sair na hora (risos)...
Muitos fãs, principalmente depois da vitória do Fabrício Werdum sobre o Fedor Emelianenko e da vitória do Brock Lesnar sobre o Shane Carwin, acreditam que você deveria voltar a usar mais o Jiu-Jitsu, que foi sua principal arma durante toda a carreira. O que você acha disso?
É o jogo que eu gosto, realmente, mas eu não estou fazendo por falta de oportunidade, mas quando a luta cai no chão eu me sinto bem confortável, me sinto bem mais confortável que em pé... É questão de oportunidade, de poder levar a luta para o chão. Os caras escorregam, não querem ir para o chão comigo, mas eu sempre vou procurando a luta de chão. O Werdum montou uma estratégia muito boa, o triângulo encaixou, e o Shane Carwin mostrou que ainda não pegou maturidade por baixo. Em pé é como um estouro de boiada, a mão vem de tudo quanto é lugar.
O Frank Mir também tem um jogo de chão forte. Como você compara o seu Jiu-Jitsu ao dele?
Eu acho o Frank um bom finalizador, uma luta chão entre a gente ia ser muito bonita de se ver, mas acho o meu jogo um pouco mais justo no chão. Tenho uma movimentação um pouco maior e acredito no meu gás. Ele tem um jogo justo, mas acho que o meu jogo é um pouco mais justo, por isso acredito que sou um pouco melhor no jogo de finalização.
O seu irmão vai lutar na mesma noite contra o Ryan Bader. O que você espera dessa luta?
Lutão, cara... Coincidentemente vai ser contra um cara que eu treinei por três ou quatro meses ali na época do reality show do UFC, é um cara explosivo, bom, melhorou a parte dele em pé, mas estou empolgado com o Rogério, ele está bem focado, treinando bem. Ele está treinando como treinou para a luta contra o (Vladimir) Matyushenko, bem focado... Ele sabe que essa é a chance dele de chegar ao cinturão. É uma boa luta, gosto de lutar com ele, é uma adrenalina maior... Vão ser duas lutas na mesma noite, isso me deixa muito focado. Um ajuda o outro. Essa semana vamos treinar juntos, a parte de trocação... É bem motivante para mim, vamos relembrar essa época do Pride, quando fizemos muitas batalhas.
O que o Ryan Bader traz de perigoso nessa luta?
Ele tem uma direita muito forte, é explosivo, tem ritmo, mas o Rogério segura melhor o ritmo dele. O Ryan é um bom wrestler... O ground and pound não é tão bom, então no ground and pound ele não oferece tanto perigo ao Rogério, mas ele é um cara que tem aquele giro do wrestler, mas o Rogério é melhor que ele na trocação e contra-golpeia bem. Ele derruba bem, mas o chão do Rogério é melhor.
Como fica o nervosismo na hora, quando você fica dividido entre assistir a luta do seu irmão e fazer o último aquecimento para a sua luta?
Eu vou lutar duas vezes na mesma noite. Eu gosto, a luta dele me dá bastante adrenalina, eu entro bem focado, já liga a minha adrenalina... A gente é um time, eu e o meu irmão lutar no mesmo dia já me deixa no clima da luta, então é interessante.
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