Melvin Laurindo – Brasil Combate
A luta entre os brasileiros Júnior “Cigano” dos Santos (10-1) e Gabriel “Napão” Gonzaga (11-4), que acontecerá no “UFC on Versus 1″, no dia 21 de março, de morna não terá nada. Embora isso não seja novidade para ninguém, talvez as últimas declarações de Napão o sejam. Em entrevista à revista inglesa parceira do BRASIL COMBATE, Fighters Only Magazine, o carioca afirmou que irá para a trocação contra Cigano.
“Não acho que essa luta chegue ao solo. Acredito que sou melhor ’striker’ e quero provar isso. Não estou com medo de ir lá e trocar com ninguém. Se a luta for para o chão, estarei na minha praia, de qualquer forma”, disse Napão à Fighters Only.
As declarações de Napão pegam a todos um tanto de surpresa, se levarmos em consideração que Cigano vem se firmando como um dos melhores strikers da categoria e que Napão já foi campeão mundial de jiu-jítsu em passado recente. A lógica nos levaria a crer que Napão exploraria — ou pelo menos tentaria – esse caminho contra Cigano, que é faixa marrom de jiu-jítsu, mas o campeão já se contrapôs a todos e disse que vai para trocar.
Vale lembrar que a estreia de Cigano no UFC foi em condições semelhantes, contra o também campeão mundial de jiu-jítsu Fabrício Werdum. Naquela oportunidade, Cigano, ainda um tanto desconhecido, impressionou o mundo com um nocaute fulminante sobre Werdum ainda no primeido round. O erro de Werdum, apontam todos, foi tentar medir forças na trocação contra Cigano.
É certo que a trocação também rendeu a Napão excelentes vitórias, dentre as quais o lendário nocaute aplicado em Mirko “Cro Cop” Filipovic, no UFC 70, e sua última vitória contra Chris Tuchscherer, no UFC 102. Entretanto, arriscar a trocação, sobretudo entre os pesos pesados, onde um golpe bem aplicado faz encerrar a luta, também já lhe fez amargar derrotas. Shane Carwin, no UFC 96, acabou vitorioso por nocaute quando o enfrentou, e hoje é o principal postulante ao título dos pesos pesados.
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