Anderson Silva abre o jogo!

Anderson Silva abre o jogo
Crédito da imagem: Marcelo Alonso

Meu amigo Marcelo Alonso foi editor da revista Tatame durante 13 anos, mas este ano resolvemos trabalhar juntos e ele agora é meu sócio no Portal do Vale Tudo. Um grande passo para o site, que recebe o principal jornalista do esporte no país, e um grande momento pra mim, que venho tendo a oportunidade de trabalhar diariamente com esse excelente ser humano e profissional.

Um dos nossos projetos foi criar a PVT Mag, uma revista virtual do site. Ela foi lançada nesta quarta-feira em dois idiomas, português e inglês.

Para a matéria de capa, fomos atrás do melhor lutador do mundo na atualidade, Anderson Silva.

O campeão do UFC nos recebeu em sua casa, no Rio de Janeiro, onde conversamos durante horas. A conversa rendeu uma entrevista muito legal, com declarações bombásticas e reveladoras.

Tomei a liberdade de postar algumas partes da matéria aqui:


Lutando de graça

A minha vida inteira foi de desafios, eu já fui de Curitiba até Mato Grosso com R$50 no bolso pra lutar por R$500, sozinho. Fui e lutei. Já fui pra São Paulo lutar um torneio de Muay Thai sozinho, com R$100 no bolso pra não ganhar nada. Minha vida sempre foi de desafios, sempre enfrentei todos os meus desafios com a maior tranquilidade. Eu lutava no Pride com um peso abaixo da categoria, porque não tinha a categoria 84kg, era só até 93kg. Eu consegui uma hérnia de disco lutando com o Otsuka, que era muito mais pesado que eu, depois com o Carlos Newton e Alex Stiebling, muito mais pesados do que eu. Eu nunca tive problema com desafio.

Inspiração em Ali

É normal que, em determinado momento da sua carreira, você sendo considerado o super cara, é normal que fique um pouco superior em algumas situações. Eu não tenho esse problema, eu sei de onde eu vim, onde eu estou e pra onde eu quero ir. E eu sou exemplo, eu sou formador de opiniões, tenho que dar exemplo pros meus alunos, pros meus filhos, pros meus amigos e pros meus companheiros de treinos que estão começando. Não porque eu sou obrigado a isso, mas porque é uma coisa que vem de berço, eu fui educado assim, tem que ser humilde. Claro que a gente não pode confundir humildade com falsa humildade. Eu tenho minha opinião formada, vou falar também o que eu penso e o que eu acho. Eu estou vendo muitos vídeos antigos do Ali, e ele não era um cara que não era humilde, ele só falava o que ele pensava. As pessoas provocavam e ele também cutucava. Então, eu procuro aprender e fazer da mesma forma e até melhor, mas isso não quer dizer que você tem que ser arrogante ou coisa parecida, até porque, no mundo que a gente vive hoje, os arrogantes não vivem muito tempo.



Pelé do vale tudo

É legal ser comparado ao Rei do Futebol, ele é referencia mundial, mas eu estou longe disso, de ser o Pelé do Vale Tudo. Estou trabalhando, mas é difícil, ser comparado ao Pelé é muita responsabilidade.

Medo do esquecimento

Cara, eu fiquei um pouco chateado ontem. Eu estava vendo um programa na ESPN, que falava sobre o Boxe, e muitos atletas que foram grandes nomes no Boxe morreram no esquecimento. Talvez isso não aconteça comigo ou aconteça, talvez esses atletas tenham acabado assim dessa forma por não ter uma estrutura familiar e pessoal e uma cabeça boa, mas isso me deixou muito chateado. Eu liguei a tevê e fiquei assistindo, vários atletas que fizeram a diferença e morreram no esquecimento, sem nada, sem nenhum apoio.

Entregar o cinturão?

Eu estou preocupado com a minha saúde, estou voltado agora pra minha recuperação, não estou preocupado com quem vou lutar ou deixar de lutar, porque eu estou numa posição confortável, eu sou o campeão e vou cuidar da minha recuperação, depois eu luto com qualquer um. Não tenho medo de vitória nem de derrota, já passei por isso, não estou me escondendo atrás de cinturão nenhum. Já foi até cogitado eu entregar o cinturão. O Ed me falou que o Joe Silva comentou alguma coisa, pra eu entregar o cinturão, que continuava a mesma coisa, mas de repente fazer super luta, entrar em outra categoria. Mas a gente pensou bem e foi uma coisa que eu conquistei com muito suor, não foi à toa, não sou campeão à toa. Eu acho que seria uma falta de respeito com os fãs, eu não tenho essa intenção e não vou fazer isso. Eu acho que posso perdê-lo na minha próxima luta, pode ser que demore um pouco mais, mas, da mesma forma que eu ganhei, eu espero que alguém ganhe. Então quero que conquistem da mesma forma que eu conquistei ...



A matéria na íntegra pode ser lida na PVT Mag, clicando aqui.

Imperdível!

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